Autoridades da Prefeitura de São Gonçalo estiveram na tarde desta quinta-feira (25) no tanatório que está sendo construído no Gradim, mas não conseguiram fazer a vistoria. Apesar de ter marcado para recebê-las, a proprietária do centro de preparação de cadáveres não compareceu. Moradores do Gradim e do bairro vizinho, Porto da Madama, denunciaram a obra, realizada numa área residencial.
A construção acontece na Rua Capitão Antônio Inácio da Silva, 1.828, com fundos para a Rua Doutor Gradim, e não teria autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo moradores.
“É algo muito ruim, é um bairro totalmente residencial, com uma escola próxima. Essa obra está encostada numa casa e, como vimos, na Anvisa isso não é permitido”, afirmou uma moradora, que pediu para não ser identificada.
Os vizinhos da obra fizeram uma manifestação na rua em repúdio ao projeto. Nos tanatórios, corpos são peparados para as cerimônias fúnebres, por meio da técnica conhecida como tanatopraxia, que utiliza diversas substâncias químicas.
Estiveram no local agentes da fiscalização de Posturas, da Vigilância Sanitária, do Meio Ambiente, entre outros órgãos, além do vereador Cici Maldonado (PL), que levou o caso para ser debatido na Câmara.
O vereador disse que a proprietária pediu por telefone que esperassem cinco minutos por sua chegada. Transcorrido esse tempo, ela pediu mais cinco minutos. Como não chegou, os agentes aguardaram mais 10 minutos e depois foram embora sem fazer a vistoria.
Na Casa Legislativa, um manifesto público contra o tanatório ganhou mais 20 assinaturas. Todos os parlamentares presentes à sessão apoiaram a iniciativa e se comprometeram a ajudar a população a remover a empresa para um local mais apropriado, desde que tenha todas as licenças exigidas na legislação.
