A Secretaria de Saúde de São Gonçalo desenvolveu um projeto piloto para atender mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa foi discutida nesta quinta-feira (25), na sede do órgão, pelo secretário André Vargas, pela juíza Juliana Cardoso, pelo procurador da secretaria e subsecretário jurídico, Estevan Assis, pela subsecretária de Atenção Primária, Maria Auxiliadora Rodrigues, e pela presidente da Fundação Leão XIII, Andreia Baptista.
A juíza Juliana Cardoso fez uma palestra para servidores da Saúde na qual discorreu sobre as variadas formas de violência doméstica.
“São Gonçalo tem um número surpreendente de denúncias de violência doméstica por dia: uma média de 50, e esse número ainda pode ser subnotificado. O projeto vai acolher essas pessoas que muitas vezes têm vergonha de procurar ajuda. Vamos disseminar a informação de como fazer e acolher essas mulheres entre os profissionais da Saúde. O objetivo é que cada profissional possa identificar e encaminhar as vítimas”, explicou o secretário de Saúde, Dr. André Vargas.
Na palestra, a magistrada destacou a importância de os servidores reconhecerem as vítimas e mostrou números de casos pelo mundo.
“É muito comum, mas não é normal. As mulheres têm vergonha de mostrar as suas dores. Mas temos que ter liberdade em todos os sentidos, igualdade de direitos e tratamentos. Também temos que saber que há fatores que incrementam o risco, mas não há um perfil”, disse Juliana Cardoso, enumerando cinco tipos de violência doméstica: física, sexual, patrimonial, moral e psicológica.
Estevan Assis disse que esta foi a primeira de muitas outras palestras que virão para os profissionais da Saúde. “É um projeto que levaremos à frente. Teremos novas palestras e a implantação na unidade de saúde do projeto para acolher mulheres vítimas, que ocorrerá em breve”, acrescentou o procurador e subsecretário Jurídico.
A presidente da Fundação Leão XIII, Andreia Baptista, ofereceu as três unidades da fundação na cidade para qualquer parceria, inclusive na área dos direitos da mulher.
