A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai decidir nesta segunda-feira (26) se autoriza ou não a importação da vacina russa Sputnik V, comprada pelas prefeituras de Niterói e Maricá. A agência havia pedido mais tempo de resposta para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido e o órgão teve que marcar uma reunião extraordinária para às 18h.
As prefeituras de Niterói e Maricá entraram na Justiça Federal com pedido para serem participantes dos processos dos estados.
Em 13 de abril, Lewandowski determinou que a Anvisa analisasse em 30 dias um pedido do Maranhão para importar a vacina, que já é utilizada em países como a Argentina, mas cujo uso, emergencial ou definitivo, ainda não foi autorizado pela agência no Brasil. Ele também proferiu ordens similares relativas aos estados do Piauí, Amapá e Ceará. Em todos os casos, os prazos se encerram nesta semana.
O ministro do STF reafirmou que, caso a Anvisa não decida sobre os pedidos de autorização de importação e distribuição no prazo de 30 dias, os estados ficam automaticamente autorizados a importar e distribuir a Sputnik V.
Segundo o Laboratório Russo Gamaleya, a Sputnik V já foi registrada em mais de 60 países. O Laboratório Brasileiro União Química já pode produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e também espera autorização da Anvisa para dar continuidade ao processo de produção da vacina russa no país. Os técnicos da agência já deram o Certificado de Boas Práticas para o Laboratório Inovat, que pertence à União Química, o que é outro passo para adiantar a produção nacional de mais um imunizante contra o coronavírus.