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quarta-feira, maio 1, 2024

Prefeitura de Maricá lança com UFF programa pioneiro para revitalização de lagoas

Bioinsumos são jogados na lagoa (Foto: Vinícius Manhães)

A Prefeitura de Maricá lançou, nesta quinta-feira (26), o Programa Lagoa Viva e inaugurou uma biofábrica para produção de bionsumos (microorganismos vivos) que serão utilizados na revitalização das águas. O município é pioneiro na utilização de uma técnica de saneamento alternativo natural, sem química.

O primeiro passo prático foi na Lagoa de Araçatiba, a maior da cidade, onde são esperados efeitos transformadores e visíveis, como a renovação do ecossistema, a eliminação do mau cheiro e a limpidez da água.

O método da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi desenvolvido a partir de know-how japonês, com adaptação inovadora para Maricá, a partir da parceria firmada com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). A tecnologia é à base de bioinsumos, sem quaisquer efeitos danosos ao ecossistema nem às pessoas.

“As lagoas têm uma representação simbólica importante para Maricá. Recuperar nosso sistema lagunar nos traz a mensagem de que somos todos, poder público e cidadãos, responsáveis por uma vivência harmônica com o meio ambiente”, afirmou o prefeito Fabiano Horta.

Alunos da rede municipal de Maricá lançaram na lagoa os bioinsumos para marcar o início do processo de revitalização.

“A cidade vai continuar investindo em pesquisa, em desenvolvimento e no entendimento de que o nosso papel é fazer uma sociedade que respeite o ser humano e a natureza e trate a vida como valor essencial”, completou o prefeito.

Prefeitura construiu Biofábrica para produção dos bionsumos

A biofábrica fica no bairro de São José do Imbassaí. Os bioinsumos produzidos ali são lançados na lagoa para “orquestrar” e organizar os microrganismos já existentes no sistema lagunar. Em formato de bolas sólidas ou em líquido, destroem os resíduos (lixo orgânico) nas lagoas.

“As lagoas são todas interligadas, e o tratamento é global. O ataque imediato com os bioinsumos na Lagoa de Araçatiba já vai desencadear o tratamento nas outras, porque Araçatiba interfere diretamente nas demais, formando um círculo virtuoso”, informou o presidente da Codemar, Olavo Noleto.

Como funciona o processo

O ecossistema local reúne uma parte de microorganismos bons, uma parte de nocivos e outra de neutros. Os bioinsumos vão potencializar os microorganismos neutros, ‘treinando-os’ para que trabalhem junto com os positivos, resultando na revitalização progressiva do ecossistema.

Os dejetos das lagoas serão, então, transformados em novos resíduos, e estes servirão de alimento para peixes, camarões e pássaros, reativando a cadeia local.

Confira mais no link: www.marica.rj.gov.br

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