Maricá perdeu na madrugada de quarta-feira (14) um de seus principais intelectuais. O escritor, poeta e artista plástico Manoel Lago havia sido internado com Covid-19, na última sexta-feira (09), no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Transferido para o Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, ele sofreu uma parada cardíaca.
Manoel Luiz Lago Pereira tinha 69 anos, era casado e pai de cinco filhos. O corpo será cremado nesta quinta (15) no Cemitério do Caju, no Rio.
Gaúcho de Porto Alegre, Mnaoel Lago era militante de esquerda com destacada atuação na luta pela democracia no país. Chegou ao Rio de Janeiro em 1983, onde atuou no primeiro mandato de Leonel Brizola como governador.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais e em Administração de Recursos Humanos, ele assumiu a Diretoria de Recrutamento e Seleção da Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), em 1983. Três anos depois, a convite do então vice-governador Darcy Ribeiro, tornou- se diretor de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Faperj).
Manoel Lago veio para a Prefeitura de Maricá no segundo mandato do então prefeito Washington Quaquá e teve passagens pelas secretarias municipais de Cultura, Comunicação, Economia Solidária e de Políticas Especiais, onde ajudou a organizar as duas edições do Festival Internacional da Utopia, em 2016 e 2018.
Homem de livros e letras, autor do romance “Riacho mágico” (Imagem Art Studio Editora/2009), foi também um dos incentivadores da Feira Literária de Maricá (Flim), onde participou na última edição junto com seu grupo, o coletivo de literatura Povo do Livro, voltado para escritores com menor visibilidade e para o qual preparava a segunda antologia. Atualmente, trabalhava como assessor de gabinete do vice-prefeito Diego Zeidan.
