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quinta-feira, maio 16, 2024

Família de São Gonçalo quer respostas sobre morte suspeita de jovem em Nova Friburgo

Segundo parentes de Maicon, a companheira esteve no velório, rapidamente, mas foi embora antes de o corpo ser sepultado (Foto: Arquivo Pessoal)

A morte do ajudante de pedreiro Maicon da Silva Cabral, de 27 anos, na madrugada de 25 de março, no Hospital Municipal Raul Sertã, Centro de Nova Friburgo, intriga a família, que vive em São Gonçalo. O rapaz deu entrada na emergência com queimaduras em 75% do corpo. A mulher dele, Jéssica Lisboa, de 27, disse que ele ateou fogo em si próprio após uma discussão entre eles em casa, no Morro do Rui, no bairro Conselheiro Paulino.

De acordo com a tia de Maicon, a técnica de enfermagem Nelcina Cabral Camello, de 65 anos, que criou o rapaz no Boa Vista, em São Gonçalo, alguns detalhes sobre a tragédia chamaram a sua atenção após receber um áudio pelo WhatsApp de Jéssica.

“Essa morte tem muitas contradições. A Jéssica me contou que eles haviam brigado e ele ateou fogo no seu próprio corpo com álcool. Só que caiu em contradição quando perguntei o porquê de ela não ter ido para o hospital saber o estado de saúde do marido, já que minha filha ficou sabendo por uma funcionária do hospital que o Maicon havia chegado sem documento, feito indigente. Foi aí que ela me contou que ele não queria que ela o acompanhasse. Como pode uma pessoa com o corpo em chamas ter condições de dizer que não quer que a mulher vá com ele para o hospital?”, questionou Nelcina.

Ela completou: “Disse que ele jogou álcool no corpo no banheiro, depois se contradisse ao falar que foi do lado de fora da casa. Cada hora ela me contou uma história diferente”.

A “vó” Nelcina, como era chamada por Maicon, falou com ele por telefone no dia anterior ao suposto suicídio. Em determinado momento, ela ouviu uma terceira voz e, quando foi questionado, Maicon disse que se tratava de um amigo da mulher, menor de idade.

“Ele contou que era normal ela levar amigos para casa na ausência dele. E disse que viviam brigando por diversos motivos”, relatou.

A madrinha do rapaz, Flávia Lospennato, de 45 anos, disse não acreditar na versão contada pela mulher do ajudante de pedreiro.

“Sinceramente, não acredito em suicídio. Meu afilhado não tiraria a própria vida, não mesmo! A ausência da mulher dele me faz ter a certeza disso, tanto na hora da sua morte quanto agora”, disse.

Familiares do rapaz estiveram na manhã de sexta-feira (09) na 151ª DP (Nova Friburgo) e conversaram com o inspetor Roberto Ferreira, que investiga o caso. A mãe da vítima, a agricultora Cristiane Coimbra da Silva, de 40 anos, e o tio, o taxista Aniceto José Camello, de 68, prestaram depoimento. A companheira dele, Jéssica, depôs na segunda (12).

Enquanto o caso é investigado, os parentes não esquecem o sorriso do rapaz e o amor que ele tinha por seu cão de 2 anos, da raça pitbull, chamado Rocky (veja no vídeo acima).

A mãe e a tia visitaram sua cova (Foto: Lado de Cá)

O corpo de Maicon foi enterrado no Cemitério Trilha Do Céu, em Conselheiro Paulino, Nova Friburgo.

Separado da primeira mulher, ele deixou uma filha de 8 anos, que mora em São Gonçalo com os avós maternos.

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