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sábado, abril 27, 2024

Anvisa x russos: Niterói e Maricá aguardam uma solução na guerra da vacina

Agência faz pronunciamento sobre decisão da vacina russa - Antonio Barra Torres, Diretor-Presidente da Anvisa (Reprodução)

A busca pela aprovação do uso, importação e distribuição da vacina Sputnik V no Brasil, se tornou uma guerra declarada entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os representantes russos do laboratório Gamaleya e do Fundo Soberano Russo, que defendem o imunizante.

Os governadores do Consórcio do Nordeste e as prefeituras de Niterói e Maricá, que já tem compromissos de compra da vacina russa contra a Covid-19, seguem com ações na Justiça Federal, mas também esperam que os processos de autorização na Anvisa sigam com um desfecho rápido, mesmo com a negativa da agência confirmada na segunda-feira (26).

Após rejeitar o pedido de uso emergencial da vacina do laboratório russo Gamaleya, a Anvisa apresentou nesta quinta-feira (29),  informações que constam no dossiê relativo ao imunizante Sputnik V. Segundo a agência, após vários questionamentos técnico-científicos, o laboratório responsável não apresentou dados relevantes sobre os problemas levantados pela equipe médica brasileira.

Já os representantes russos, alegaram que a decisão da agência brasileira de adiar a aprovação da Sputnik V é, infelizmente, de natureza política e nada tem a ver com o acesso do regulador à informação ou ciência.

O Laboratório Gamaleya alega que a decisão do órgão regulador também contradiz uma decisão anterior do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que reconheceu a vacina Sputnik V como segura e permitiu sua produção no Brasil.

A equipe da Sputnik V afirma que abordou as questões técnicas levantadas pelos diretores da Anvisa durante a reunião do dia  26 para demonstrar que essas alegações não têm embasamento científico e não podem ser tratadas com seriedade na comunidade científica e entre os reguladores internacionais.

Maricá pediu 500 mil doses da Sputnik V (Divulgação)

Os responsáveis da vacina indicaram que podem processar a Anvisa por divulgar informações falsas sobre o imunizante. Leia a nota completa dos responsáveis pela Sputnik V no site russo com tradução.

Por outro lado funcionários da Anvisa fizeram declarações para minimizar a negativa de importação da vacina e disseram para parlamentares, que o processo ainda está em aberto.

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