Funcionários do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) ameaçam paralisar suas atividades e manter apenas 30% do efetivo trabalhando no hospital se não receberem o salário do mês de maio até este sábado (27). O Hospital é comandado pela Organização Social Instituto Lagos Rio, que na manhã da última quinta-feira foi alvo de operação do Ministério Público do Rio.
Em áudio que circula nas redes sociais, funcionários do hospital estadual informam que apenas 30% do efetivo trabalhará no hospital, enquanto os outros 70% farão um protesto pacífico na porta da unidade neste sábado.
Outra unidade que sofre com os constantes atrasos salariais da OS é a UPA do Colubandê, também em São Gonçalo. Segundo um funcionário da UPA ouvido pelo Portal Lado de Cá em condição de anonimato, os funcionários reclamam que os atrasos foram aumentando com o passar dos meses em 2020.
O pagamento de abril, que deveria cair no quinto dia útil, foi pago somente no dia 21 de maio, décimo dia útil. Neste mês de junho, a situação piorou e a coordenação informou que os vencimentos de maio seriam pagos apenas no dia 20. Seis dias depois, até a tarde desta sexta-feira (26), nenhum funcionário teve seu pagamento depositado.
Os funcionários também informaram que desde a deflagração da operação do MPRJ, os funcionários extras desapareceram da UPA, obrigando os efetivos a dobrarem a carga de trabalho, mesmo sem receberem salários. “As pessoas contam com esse salário, tem gente sem conseguir pagar o aluguel, a luz e o gás. É uma falta de respeito conosco”, conta o profissional.
A última posição dada pela coordenação da unidade aos profissionais é que, após a reunião com a Secretaria Estadual de Saúde, é que o repasse para pagar colaboradores e funcionários será feito em até 72 horas e que os residentes do hospital só receberão na próxima terça-feira (30).
