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sábado, abril 27, 2024

Projeto ‘Recomeçar sem Violência’ atende mulheres vítimas em Maricá

A Prefeitura de Maricá lançou o projeto ‘Recomeçar sem violência’ que tem como objetivo garantir às mulheres maricaenses um incentivo mínimo para o recomeço pós-rompimento do ciclo de violência doméstica (Foto: Marcos Fabrício)

A Prefeitura de Maricá lançou o projeto ‘Recomeçar sem violência’ que tem como objetivo garantir às mulheres maricaenses um incentivo mínimo, de acordo com sua demanda e condição de vida, para o recomeço pós-rompimento do ciclo de violência doméstica.

“A mulher recebe atendimento psicossocial, orientação jurídica e encaminhamento para demais órgãos ou serviços públicos como delegacia, assistência social, casas abrigos, serviços de saúde, programas de qualificação profissional ou promoção da autonomia econômica (em implantação), acesso à Justiça, de acordo com o caso”, comentou a coordenadora de Políticas para as Mulheres de Maricá, Luciana Piredda, o Centro Especializado em Atendimento às Mulheres (Ceam) – Natália Coutinho Fernandes

Acolhida pelo projeto, Joana (*nome fictício) relata como se transformou em mais uma vítima da violência doméstica. “No começo era tudo flores, mas logo começou a desconfiança, a cobrança e os motivos para ele ‘mandar’ em mim. Tudo era motivo para brigas e agressões. A situação chegou a um ponto que meu ex-marido tentou me matar duas vezes. Uma das vezes ele me sufocou com uma almofada e uma mão no meu pescoço, além de ter abusado sexualmente de mim”, revela.

Segundo a psicóloga da Casa da Mulher, Ana Carolina Carvalho, quando a vítima procura ajuda, tudo é levado em consideração. “Ao chegar à Casa da Mulher a vítima é acolhida, ouvimos e fazemos com que ela entenda que aquela ponta de referência é um ponto onde ela será acolhida e ouvida. Temos que mostrar para ela que ela não está errada, criamos autonomia e mostramos que o ocorrido não é culpa dela”, frisou.

Os números do Dossiê Mulher, do Instituto de Segurança Pública (ISP), relativos ao ano de 2019 revelam o perfil das vítimas da violência doméstica. Segundo o levantamento, 33% das mulheres sofrem violência psicológica, enquanto 28,4% são fisicamente agredidas e 27,8% vítimas de agressão moral. Os dados mostram também que 63,8% das agressões ocorrem em casa, e 50,1% dos agressores são seus companheiros.

Para a tenente-coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) Cláudia Moraes, coordenadora do programa Patrulha Maria da Penha-Guardiões e integrante da Comissão de Segurança da Mulher do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), a patrulha trabalha através de um protocolo de intenções firmado pela PM com o TJRJ. “Nossa principal atividade é a fiscalização das medidas protetivas. Esse trabalho é feito através do contato frequente e acompanhamento das mulheres inseridas no programa”, concluiu.

Onde procurar ajuda:

As mulheres vítimas de violência podem procurar o Ceam ( Rua Pereira Nunes, 274, Centro) de segunda-feira a sexta-feira, das 09h às 17h.

Central de Atendimento à Mulher – Disque 180 ou WhatsApp: (61) 99656-5008

Disque Direitos Humanos – Disque 100

Central da Polícia Militar – Disque 190

82ª DP – Maricá – Contatos: 3731-9965/3731-1328 / 3731-9958 / 3731-9960

Hospital Municipal Conde Modesto Leal – Contato: 2637-1744

Serviço de Assistência Especializada em IST/AIDS – Contatos: (21) 2637-4027/ (21)2637-1713

Instituto da Mulher Fernando Magalhães – contatos: 2088-1305/2088-1301

Defensoria Pública – Núcleo Maricá – Contato: (21) 99221-2908

Ministério Público – 2ª Promotoria de Justiça Criminal – Contato: 3731-2489

Central Judiciária de Acolhimento da Mulher Vítima de Violência de Doméstica – CEJUVIDA – Contatos: (21) 3133-3894 / (21) 3133-4144

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