Uma equipe do 35º BPM (Itaboraí) apreendeu nesta quarta-feira (10), em Itambi, várias pedras (a quantidade ainda não foi divulgada) de maconha hidropônica, que tem poder alucinógeno maior do que a erva tradicional. Cada unidade seria vendida a R$ 50. Um suspeito foi preso e dois morreram em uma troca de tiros.
Os policiais contaram que faziam um patrulhamento nas proximidades do Complexo Petroquímico (Comperj) quando suspeitaram de um homem andando com uma sacola. Ele a jogou no chão e tentou fugir correndo, mas foi alcançado. Identificado como Leozinho, de 18 anos, o rapaz foi apontado como gerente da boca de fumo na localidade do Pavilhão.
Na sacola, os PMs encontraram as pedras de maconha hidropônica e “petecas” de cocaína com o valor impresso na embalagem: “Pó de 20”.
Leozinho levou os policiais até um local de mata fechada e de difícil acesso no Pavilhão, onde alguns comparsas estavam reunidos. Os militares disseram que quando eles se aproximaram o grupo percebeu e começou a atirar neles.
Após um intenso confronto no meio do matagal, alguns criminosos fugiram, mas dois deles foram encontrados baleados no chão. O gerente disse que só os conhecia pelos apelidos: Colombiano, que seria dali mesmo de Itambi, e Relíquia, oriundo do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
Os agentes chegaram a acionar uma ambulância do Corpo de Bombeiros, mas a equipe constatou a morte de ambos assim que chegou. No local foram apreendidos uma pistola, um revólver e um caderno com a contabilidade da venda de drogas.
O cultivo de plantas sem o uso da terra é conhecido como hidroponia. As raízes ficam submersas na água, onde são aplicadas soluções com nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento. Com essa técnica, a cannabis sativa (maconha) brota com maior índice do princípio ativo da droga, o tetrahidrocanabinol (THC). Assim, fica mais forte, o que também aumenta o seu preço.