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domingo, maio 5, 2024

Morte de taxista completa dois meses e família luta por Justiça em São Gonçalo

Querido por todos em São Gonçalo, Alicate morreu de infarto agudo no miocárdio após esperar mais de três horas por atendimento no Pronto-Socorro (Foto: Arquivo Pessoal)

Dor, tristeza e saudade fazem parte desde o dia 18 de janeiro do cotidiano dos familiares do taxista Aniceto José Camello, conhecido como Alicate, de 69 anos, morto após esperar mais de três horas por atendimento para cuidar de um infarto no Pronto-Socorro, que estiveram nesta quinta-feira (17) na 72ª DP (Mútua) em São Gonçalo.

De acordo com o delegado Allan Duarte, a família fez o registro de ocorrência logo após a morte do taxista e agentes foram ao PSSG para recolhimento do circuito interno do dia em que o taxista esteve na unidade.

“Minha equipe esteve lá em duas ocasiões, e fui informado que a direção do hospital estava no aguardo técnico para extração dessas imagens e que entregaria o mais rápido possível na nossa delegacia”, contou.

Enquanto essas imagens não chegam para o delegado, a família do taxista sofre e espera que a Justiça seja feita, como conta a filha caçula: “Exatamente nesse dia, há dois meses, meu pai buscou atendimento para cuidar da saúde e após esperar mais de três horas para ser atendido, o que nos foi dado foi uma sacola com as roupas e pertences dele. Parece um pesadelo o que estamos vivendo até hoje”, disse emocionada Suelen Cabral Camello, de 39 anos.

Já Flávia Lospennato, de 46 anos, irmã mais velha, diz que a luta em memória do pai está apenas começando: “Iremos até o fim para provar que essa unidade hospitalar negligenciou a vida do nosso pai. Ele entrou com sintomas de infarto e a situação dele foi se agravando enquanto aguardava ser atendido. Nada vai trazê-lo de volta, mas não podemos nos calar diante do descaso como tudo ocorreu”, contou.

O Lado de Cá entrou em contato com a Prefeitura de São Gonçalo para saber o porquê na demora em entregar as imagens do circuito interno solicitado pela Polícia Civil e ela emitiu o seguinte comunicado:

“A direção do Pronto-Socorro de São Gonçalo informa que a empresa responsável pelas imagens de segurança da unidade mantém os vídeos armazenados por um período de até 15 dias. Infelizmente, a solicitação foi feita após este período.Sobre o caso do paciente, informamos ainda que o prontuário de atendimento foi enviado à Comissão de Revisão de Óbito”.

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