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segunda-feira, abril 29, 2024

Morre Nilson Lage, jornalista e professor, aos 84 anos

Professor e importante pesquisador do jornalismo brasileiro, Lage perdeu a luta contra um câncer de pulmão (Foto: Divulgação)

Tratando de um câncer de pulmão há dois anos, morreu na noite de segunda-feira (23) aos 84 anos, o jornalista e professor Nilson Lemos Lage que estava internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis.

A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (24) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Doutor em Linguística e Filosofia, mestre em Comunicação e Bacharel em Letras e importante pesquisador do jornalismo brasileiro, Lage foi professor titular na UFSC e professor-adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Por vontade de Lage, não haverá velório. O Crematório Catarinense, em Palhoça, na Grande Florianópolis, informou que o corpo do professor foi cremado às 14h desta terça.

Considerado um ícone da pesquisa do jornalismo brasileiro, além de professor, Lage escreveu livros como “A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, “A linguagem jornalística”, “Teoria e técnica do texto jornalístico” e “A estrutura da notícia”.

Como jornalista, trabalhou no Jornal do Brasil, na Última Hora, na TV Educativa do Rio de Janeiro, entre outros veículos de comunicação e colaborou com o blog Tijolaço.

“Uma figura fantástica, de uma erudição, uma sabedoria. Uma conversa com Nilson Lage, qualquer que fosse o assunto, era uma aula”, disse Áureo Moraes, chefe do gabinete da UFSC e ex-colega de trabalho do professor.

O Departamento, o curso de Graduação e o programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC manifestam pesar e consternação pela morte do professor.

“Com humor fino, inteligência, erudição e uma voz única, Nilson Lage vai permanecer como uma das grandes referências da área”, diz a nota publicada nesta terça.

A Fenaj e sindicato dos jornalistas reafirmam o compromisso de honrar o legado do professor, mantendo-se na luta e, neste momento de dor, solidarizam-se com os parentes, amigos, colegas de profissão, alunos e ex-alunos.

“Nilson Lage exerceu e ensinou o jornalismo não apenas como ofício, mas também como modo de observar e estar no mundo. Tão grande quando a sua dedicação à profissão e ao ensino era seu amor ao Brasil”, escreveram os órgãos em nota conjunta.

A Reitoria da UFRJ também se manifestou. Ao relembrar a trajetória do professor que fez toda a formação acadêmica na universidade, a instituição destacou que Lage instituiu o currículo mínimo dos cursos de Comunicação Social.

“O jornalismo e a ciência brasileira perdem um pouco de si com a partida de Nilson Lage. Lamentamos profundamente e transmitimos força aos familiares e amigos neste momento de intensa consternação”, informou.

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