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sexta-feira, maio 3, 2024

Manifestações marcam 1 ano da morte do menino João Pedro no Salgueiro e cobram justiça

Reprodução

A morte do menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, baleado durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, completa 1 ano nesta terça-feira (18). Uma série de manifestações promovidas por parentes, amigos e organizações da sociedade civil em São Gonçalo, Niterói e na capital fluminense pede justiça, já que até hoje o caso não foi solucionado.

No mês passado, o Lado de Cá esteve no Salgueiro e conversou com os pais do estudante, que reclamam da morosidade das investigações. “Não estamos vivendo, mas sobrevivendo”, disse na ocasião o pai, Neilton da Costa Pinto.

Os pais do menino: 1 ano de dor (Foto Lado de Cá)

De acordo com a Defensoria Pública do estado, o inquérito está parado. Já a Polícia Civil diz que aguarda dois laudos do Ministério Público para dar prosseguimento às investigações.

A primeira vereadora trans de Niterói, Benny Briolly (PSOL), que deixou o país após receber ameaças de morte, fez uma postagem em seu perfil no Instagram nesta terça para lembrar sobre um ato marcado para às 17h, na estação das barcas, na Praça do Arariboia. Ela escreveu:

“Hoje, 18 de maio, completa-se um ano do assassinato brutal de João Pedro, vítima de uma ação policial em São Gonçalo. Ele foi morto dentro de casa, quando brincava, e os policiais, ao verem que acertaram um jovem, o sequestraram e deixaram a família por 17 horas sem saber seu paradeiro, quando confirmaram que ele tinha morrido.

A morte de meninos como João Pedro não é exceção! É a regra de um Estado punitivista que insiste em modelo de segurança pública genocida. Em todo o Brasil faremos atos em memória de João Pedro e todos aqueles que se foram”.

João Pedro tinha 14 anos (Arquivo pessoal)

Na Praça Luiz Palmier, no Centro de São Gonçalo, foi armado um varal onde foram pendurados pequenos cartazes em memória de João Pedro e também criticando a impunidade e a demora na responsabilização dos culpados por sua morte. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, a ONG Rio de Paz pendurou uma faixa com a frase “Um ano sem respostas para um crime praticado pelo Estado”.

Ato na Zona Sul do Rio (Ramon Vellasco/Divulgação)

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