Leilão da Cedae arrecada mais de R$ 22 bilhões mesmo com um bloco sem vencedor

Governador em exercício Claudio Castro esteve presente no leilão, realizado em São Paulo (Reprodução)

Terminou na tarde desta sexta-feira (30) o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. A previsão era arrecadar, no mínimo, R$ 10,6 bilhões. Mesmo com o bloco 3 ficando sem vencedor por desistência, foram arrecadados R$ 22,6 bilhões.

A capital e 34 municípios foram divididos em quatro blocos para concessão de 35 anos, mas a empresa vencedora do bloco 3,  o grupo Aegea (Equipar, Gic, fundo soberano de Cingapura e Itaúsa), desistiu deste bloco para ficar com o 4, que é uma área mais rentável, com mais de sete milhões de clientes. Os vencedores terão que universalizar os serviços até 2033 e investir cerca de R$ 30 bilhões.

O consórcio Aegea arrematou o Bloco 1 da Cedae, com o lance de R$ 8,2 bilhões após uma disputa acirrada. O ágio da proposta é de 103,13%. O Bloco 1 se refere à Zona Sul do Rio de Janeiro e mais 18 municípios (Aperibé, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Cordeiro, Duas Barras, Itaboraí, Itaocara, Magé, Maricá, Miracema, Rio Bonito, Rio de Janeiro (Zona Sul), São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Sebastião do Alto, Saquarema e Tanguá), e a outorga mínima era de R$ 4,036 bilhões.

O consórcio Iguá foi o vencedor do Bloco 2, com o lance de R$ 7,286 bilhões. O ágio da proposta foi de 129,68%.  O Bloco 2 engloba Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Miguel Pereira e Paty do Alferes e tinha outorga mínima de R$ 3,172 bilhões.

A operação do Bloco 3 segue com a Cedae, que poderá divulgar novo edital futuramente para a concessão do serviço. O bloco inclui a zona oeste do Rio (sem a Barra e Jacarepaguá), Itaguaí, Paracambi, Piraí, Pinheiral, Rio Claro, e Seropédica.

O Bloco 4, que engloba o Centro e Zona Norte do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro e São João de Meriti,  foi vencido pelo grupo Aegea, com o lance de R$ 7,203 bilhões.

A Cedae continuará responsável pela produção de água nos sistemas Guandu, Imunana-Laranjal e Lajes, garantindo a segurança hídrica e comercializando a água tratada para as concessionárias que farão a distribuição.

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