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sábado, abril 27, 2024

Ex-vereador Renatinho, de Niterói, morre aos 68 anos de Covid-19

Renatinho era querido no cenário político da cidade (Foto: Divulgação)

Internado desde 1° de março no Hospital Icaraí, o ex-vereador Renatinho, de Niterói, faleceu na manhã desta quinta-feira (18), vítima de Covid-19. A informação foi confirmada por familiares, amigos e ex-funcionários do gabinete dele.

Registrado como Gezivaldo Renatinho Ribeiro de Freitas, ele nasceu em 15 de julho de 1952 em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Vítima de paralisia infantil, precisou usar muletas desde os dois anos de idade. Foi também na infância que começou trabalhando cortando cana para ajudar no sustento da família, que além dos pais, moravam mais 13 irmãos na casa.

Desde que se mudou para Niterói começou a vender panos de prato e de cozinha em Icaraí, bairro da Zona Sul de Niterói, nas esquinas da Avenida General Pereira da Silva com a Rua Gavião Peixoto.

Se tornou-se popular no local e apesar disso, em mais de uma ocasião a Prefeitura tentou impedi-lo de seguir com o comércio na região. Não satisfeito, decidiu se candidatar a vereador pela primeira vez.

Eleito logo na estreia na política, em 2004, Renatinho inicialmente começou o mandato como integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), mas migrou no ano seguinte para o então recém-criado Partido Socialista e Liberdade (Psol) assim como outros ex-petistas que saíram descontentes com o envolvimento da legenda no escândalo do mensalão.

Pelo Psol, Renatinho foi reeleito em 2008 e 2012, sendo que neste ano ele foi o segundo mais votado da Cidade Sorriso, atrás apenas de Paulo Eduardo Gomes, também do mesmo partido.

Em 2016 não foi eleito, mas como a então vereadora Talíria Petrone foi escolhida como deputada federal, ele assumiu a vaga depois que o primeiro suplente, Henrique Vieira, optou por não ocupar o cargo na Câmara.

Entre os trabalhos, destacam-se a luta em favor dos desabrigados da tragédia do Morro do Bumba, a defesa de políticas em defesa dos animais de rua, projetos de leis pela inclusão social de pessoas com deficiência e por ter exercido a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara por 10 anos.

Em fevereiro deste ano, depois de não conseguir se reeleger, ele surpreendeu ao anunciar a saída do Psol após mais de 15 anos na legenda e preferiu integrar o Partido Socialista Brasileiro (PSB) passando a trabalhar na Secretaria Municipal de Direitos Humanos.

Renatinho deixa a esposa, Maria de Jesus, e a filha, a advogada Gabrielle. O local do enterro ainda não foi divulgado.

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