Na madrugada desta sexta-feira (26), a Polícia Militar e a Polícia Civil deram início a uma grande operação conjunta nos Complexos do Alemão e Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O objetivo da força-tarefa seria prender criminosos de outros estados que encontraram abrigo no conjunto de favelas, dominado pelo Comando Vermelho, a maior facção do tráfico no RJ. A operação mobilizou pelo menos 350 policiais.
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As equipes foram recebidas com tiros, e os disparos eram audíveis em áreas adjacentes, como Bonsucesso e Penha. O Globocop (TV Globo) registrou, em primeira mão, dezenas de barricadas em chamas, bloqueando os principais acessos às comunidades. Além disso, imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a madrugada conturbada pela troca de tiros entre criminosos e a polícia. A força-tarefa estava equipada com veículos blindados e helicópteros.
“A atuação nas comunidades faz parte das ações de combate à criminalidade e é um trabalho essencial, já que a organização criminosa usa o Complexo do Alemão como bunker e ponto de partida para incursões em outros territórios, além de restringir a liberdade dos moradores e usar a população local como escudo”, declarou a Polícia Civil em comunicado.
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A operação gerou diversos impactos negativos na rotina dos moradores dos Complexos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a Clínica da Família Rodrigo Y Aguilar Roig, na região do Complexo do Alemão, adotou medidas de segurança adicionais e suspendeu o atendimento para garantir a segurança de profissionais e usuários.
A Secretaria Estadual de Educação anunciou o fechamento de uma escola localizada dentro do Complexo do Alemão. A Secretaria Municipal de Educação também esclareceu que não haveria aula na rede municipal nesta sexta-feira, devido às atividades de planejamento previstas no calendário escolar.
Já o sindicato Rio Ônibus informou que pelo menos 9 linhas de ônibus precisaram alterar seus itinerários devido aos confrontos.