O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, o fundo soberano da Federação Russa) e a empresa farmacêutica Laboratórios Richmond SACIF anunciaram nesta terça-feira (20) a produção do primeiro lote da vacina russa Sputnik V contra o Coronavírus na Argentina.
A Argentina é o primeiro país da América Latina a iniciar a produção da vacina Sputnik V. O primeiro lote será enviado para o Centro Gamaleya para avaliação do controle de qualidade. A produção em grande escala do Sputnik V na Argentina está prevista para o mês de junho.
As prefeituras de Maricá e Niterói são as primeiras que já assinaram contrato para compra de grandes lotes do imunizante russo, que já é aplicado na Argentina. A vacinação com a vacina russa começou no país vizinho, em 29 de dezembro de 2020.
Maricá e Niterói entram no final da tarde desta terça-feira (20) na Justiça Federal contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando o uso emergencial da vacina. Trata-se, na prática, da extensão da mesma decisão concedida pelo Supremo Tribunal Federal ao estado do Maranhão.
A Anvisa informou que entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que seja suspenso este prazo para emissão de parecer sobre a importação da vacina russa. A agência quer ter dados suficientes a respeito do imunizante. No recurso, a Anvisa argumenta sobre a necessidade de complementação dos dados de qualidade, eficácia e segurança, a fim de afastar riscos sanitários.
O STF deu prazo até o dia 29 para que a agência se manifeste sobre a importação excepcional das doses.
Para melhor avaliar todo o processo, equipes técnicas da Anvisa estão na Rússia esta semana para avaliar as condições dos laboratórios que produzem o imunizante. As inspeções serão conduzidas até de sexta-feira (23).
