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segunda-feira, abril 29, 2024

Presa em Niterói, mãe do menino Henry é diagnosticada com Covid-19

Monique, mãe do menino Henry, deixa a delegacia após prestar depoimento (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Presa desde o dia 8 de abril no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, por envolvimento na morte do filho Henry Borel, de 4 anos, a professora Monique Medeiros Costa e Silva foi diagnosticada com Covid-19. As informações são da Agência Brasil.

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), após pedir atendimento médico, Monique foi encaminhada nesta segunda-feira (19) ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste da capital fluminense. Ela ficará internada na unidade para fazer o acompanhamento médico, informou a Seap.

Ainda no presídio de Niterói, onde teve o primeiro atendimento, a mãe de Henry fez um exame rápido para verificar se estava com a doença. Diante do resultado, foi feita a transferência. De acordo com a Seap, ela vai permanecer em Bangu para receber o tratamento contra o coronavírus.

Inquérito

As investigações sobre o crime indicaram que a criança sofria agressões do namorado de Monique, o vereador Jairo Souza Santos Júnior (sem partido), conhecido como Dr. Jairinho. Monique, Henry e Jairinho em um condomínio da Barra da Tijuca.

Com uso do software israelense Cellebrite Premium, a Polícia Civil recuperou mensagens do celular de Monique trocadas no dia 12 de fevereiro com a babá Thayná Ferreira, nas quais esta revela que o menino estava sofrendo agressões de Jairinho, que o tinha trancado no quarto do casal. No dia 8 de março, as torturas durante a madrugada provocaram a morte da criança.

O vereador também foi preso no dia 8 de abril e está no Presídio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu 8. Jairinho foi apontado como assassino do menino pelo delegado titular da 16ª DP, Henrique Damasceno, que preside as investigações. O casal é suspeito do crime de homicídio duplamente qualificado e tortura.

O delegado disse que não acredita na possibilidade de a mãe ter sofrido ameaças para deixar de relatar as agressões. Segundo Damasceno, não faltaram oportunidades para ela falar à polícia sobre a tortura praticada pelo namorado.

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