O anfiteatro do Colégio Adventista em Itaboraí, foi palco do 5º Ciclo de Palestras sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), nesta sexta-feira (28/04). Realizado pela Prefeitura de Itaboraí, por meio das secretarias municipais de Educação (SEMED) e de Saúde (SEMSA), o evento foi organizado pela Clínica-Escola do Autista e contou com centenas de inscritos. O objetivo foi de trazer informações para profisisonais da Saúde e Educação, e também para responsáveis sobre o TEA.
A abertura do evento contou com a presença dos secretários municipais de Saúde, Hédio Mataruna; de Educação, Mauricílio Rodrigues; da esposa e mãe do prefeito, Pamela Delaroli e Ieda Delaroli, respectivamente; da idealizadora da Clínica Escola do Autista e co-autora da lei federal 12.764/12, Berenice Piana; da subsecretária de Gestão e Ensino da SEMED, Glaúcia Vieira; da coordenadora da Educação Especial, Valéria Sales; da diretora da Clínica Escola do Autista, Carmem Lúcia Coutinho e do diretor do Colégio Adventista, Rômulo Dias.
O ciclo de palestras foi destinado aos mediadores do município que atendem alunos autistas; terapeutas do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico da Educação Municipal (Napem) e equipe do Espaço de Atendimento Multidisciplinar em Educação e Saúde (AMES); terapeutas da SEMSA; profissionais da Clínica Escola do Autista e do Colégio Adventista de Itaboraí.
O secretário municipal de Saúde, Hédio Mataruna, ressaltou o pedido do prefeito Marcelo Delaroli, para que as equipes de profissionais não meçam esforços para atender a necessidade, não só das crianças autistas, mas de toda família.
“Quero deixar a disposição toda a estrutura da Secretaria de Saúde, em prol desse projeto maravilhoso que é dar acesso ao tratamento. Quero acreditar que nós vamos continuar avançando e vamos continuar sendo referência para atender, de fato a nossa população que precisa e carece desse tratamento. A Clínica Escola do Autista é uma parceria da Saúde com a Educação que funciona e flui muito bem. Mas vamos precisar de um projeto de readaptação das nossas escolas, para a gente atender de fato, essa demanda que cresce a cada dia”, destacou Hédio Mataruna.
A programação contou com as palestras ‘Cuidado da Pessoa com TEA’, com o médico especialista em Neurologia, Neuropediatria e Neuropsiquiatria, Dr. Isaias Francisco Ferreira da Silva; ‘Autismo e Cuidados Ambientais’, com o doutor em Educação, Eugênio Cunha; ‘Alfabetização do Autista’, com a doutora em Psicologia Clínica, Dayse Serra e ‘Como Receber o Aluno Autista na Escola’, com a palestrante Berenice Piana.
O secretário municipal de Educação, Mauricílio Rodrigues, falou da satisfação de ver o auditório repleto de pessoas com a intenção de aprender cada vez mais sobre essa especialização, que já acontece há cinco anos no município.
“Quero agradecer a toda equipe da Clínica Escola do Autista, por esse trabalho brilhante que realizam com toda dedicação. Aos mediadores espalhados por todas as unidades escolares; diretores das escolas, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, psicólogos, professores e todos os agentes de ensino que fazem acontecer a Educação no município. Passamos por momentos difíceis e é importante falar que o governo Marcelo Delaroli veio para transformar essa cidade”, frisou Mauricílio Rodrigues.
A Clínica Escola do Autista de Itaboraí foi a primeira unidade pública do Brasil a se especializar no tratamento de crianças, adolescentes e adultos autistas, oferecendo igualdade nos atendimentos, acesso às terapias de Saúde em um processo multiprofissional e de inclusão. O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Mãe de um jovem autista e ativista na causa, a idealizadora da Clínica Escola do Autista e co-autora da lei federal 12.764/12, que garante os direitos das pessoas com TEA, Berenice Piana, destacou que a cada clínica escola que nasce no Brasil, é um filho seu que nasce. E agradeceu por esse momento, de poder levar conhecimento as pessoas sobre o TEA.
“Eu sonhei com essa Clínica Escola do Autista antes ainda da lei federal, mas eu sabia que teria que existir uma lei para garantir que ela acontecesse e o meu sonho fosse realizado. Todos os dias quando eu penso em tudo isso, eu me emociono muito, mas ele não seria realizado e nem continuado, se não houvesse uma prefeitura, com secretários e subsecretários, com toda uma equipe lá dentro que apoia, que bota para frente, que nos dá força todos os dias para entender que estamos no caminho certo e que nos corrige quando estamos errados. Também não aconteceria de jeito nenhum senão houvesse a equipe da Clínica Escola, que está lá todo dia, com tanto amor e dedicação”, ressaltou Berenice.
