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domingo, maio 5, 2024

Niterói e Maricá lutam para liberar vacina Sputnik V 

Anvisa diz que processo esta em aberto, mas segue sem aprovar o uso e a importação da vacina russa (Divulgação)

Nesta sexta-feira (07), representantes da vacina russa Sputnik V, comprada pelas Prefeituras de Niterói e Maricá (800 mil e 500 mil doses respectivamentes) estiveram no Senado Federal para participar de um debate que analisa o processo de liberação do imunizante que ainda não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Essa semana várias prefeituras tiveram que suspender a vacinação por falta de imunizantes em seus estoques. O governo federal só tem as vacinas CoronaVac, Astrazeneca e agora, a da Pfizer, com poucas doses, para distribuir em estados e municípios.

A Prefeitura de Niterói anunciou nesta sexta-feira que não recebeu nenhuma dose da CoronaVac até o momento e pode atrasar o calendário de vacinação.

Já Maricá informou que esta recebendo poucas doses e vai ter que mudar o calendário. As prefeituras seguem na luta pela liberação da Sputnik V, junto com o consórcio de governadores do Nordeste.

A Anvisa disse que o processo esta em aberto e pede mais documentos (Reprodução)

Comissão Covid-19 no Senado

Os representantes da vacina Sputnik V no Brasil, Fernando de Castro Marques (presidente) e diretores da Farmacêutica União Química, participaram de reunião sobre o imunizante, na manhã desta sexta-feira (07). A União Química reitera que segue empenhada, sem medir esforços, para viabilizar a importação das doses da Sputnik V da Rússia e produzir por meio da transferência de tecnologia do Instituto Gamaleya Russo (IGR), o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) e o envase para disponibilizar para a população brasileira e demais países da América Latina. A farmacêutica está providenciando informações complementares exigidas pela Anvisa e reforça o respeito e confiança à sua autoridade na avaliação do processo.

Segundo Fernando de Castro Marques, o grupo empresarial já estava próximo ao governo da Rússia, justamente com o Instituto Gamaleya, quando surgiu a Covid-19. Ele afirmou que a empresa está em condições operacionais e fabricando o IFA na unidade de biotecnologia em Brasília, a Bthek, e a parte de fracionamento e envase na unidade de Guarulhos, na Inovat, unidade já inspecionada pela Anvisa para a produção da Sputnik.

“A Rússia está interessada em ajudar. Eles não têm uma capacidade de produção tão grande, por isso tomaram essa decisão de arrumar bons parceiros para transferir a tecnologia para poder disponibilizar mais vacina para o mundo” disse Marques, que defendeu a qualidade, eficácia e segurança da vacina russa. Afirmou também que espera atender o mercado brasileiro não somente, mas também outros países da América Latina.

Diretores da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas e Alex Machado Campos afirmaram que a vacina Sputnik V está sob a avaliação da agência, por meio das modalidades da importação, feita principalmente pelos estados. Há ainda a avaliação da vacina para autorização de uso emergencial, pedido feito pela representante brasileira União Química.

“Não é um processo que está fechado. É um processo em que, neste momento, estamos aguardando as informações do desenvolvedor no Brasil. A Anvisa está sempre aberta ao diálogo sobre o desenvolvimento dessas vacinas. Em relação à parte das importações, foi decidida, no dia 26 de abril, a avaliação sobre as importações, mas ainda há processos em aberto, em discussão, inclusive com os importadores” esclareceu Meiruze.

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