O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do PSC, presta depoimento na tarde desta quinta-feira (09) à Polícia Federal sobre o inquérito que apura suspeitas de fraudes em contratos da área da saúde durante o estado de emergência decretado pela pandemia do coronavírus.
No dia 26 de maio, a PF desencadeou a Operação Placebo, que investiga desvios de verba na saúde em ações que visavam o combate à Covid-19. Foram 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador e da família dele.
A primeira-dama, Helena Witzel, também deve prestar esclarecimentos sobre o caso. Helena recebeu depósitos mensais de R$15 mil de empresas do ex-secretário de Saúde, Mário Peixoto, mas alega que prestou serviços às empresas como advogada.
As denúncias que serão apuradas durante o depoimento são a base para o processo de impeachment do governador. As sessões para o prosseguimento do impedimento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foram reabertas hoje.
Nesta sexta-feira (10), o governador voltará a ser ouvido pela PF, mas em outro inquérito. Desta vez para apurar sua conduta no sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, em dezembro do ano passado.
Na ocasião, um homem sequestrou um veículo da viação Galo Branco na ponte e, após algumas horas mantendo passageiros reféns foi morto pela polícia. Em seguida, o governador chegou ao local de helicóptero e comemorou a morte do sequestrador.