Os rodoviários de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e Tanguá decidiram fazer uma paralisação na segunda-feira (26) em protesto pela não inclusão da categoria nos grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19. Eles também cobram maior empenho do Governo Federal na aquisição dos imunizantes.
Nesta segunda-feira (19), o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) comunicou às empresas, à Justiça e às autoridades estaduais e municipais a decisão da votação, de acordo com a Lei 7.783/89. Uma carta aberta à população será publicada para explicar os motivos do protesto.
Levantamento do Sintronac com as empresas de ônibus dos cinco municípios revela que a vacinação dos rodoviários não impactaria no quadro geral de imunização da população pelo pequeno número de doses necessárias para atender à categoria, de acordo com o universo populacional de cada cidade. Assim, em Niterói seriam necessárias 3.443 doses para os rodoviários de 12 empresas; em São Gonçalo, 7.147 profissionais de 14; em Maricá, 1.226 de uma empres; em Itaboraí, 263 de uma empresa; e, em Tanguá, sete vacinas para os rodoviários de uma empresa.
Desde janeiro, o Sintronac tem enviado ofícios às prefeituras alertando sobre a necessidade urgente da vacinação dos rodoviários. Apenas a Prefeitura de Niterói acenou com a possibilidade de imunização da categoria pela Sputnik V, cujos primeiros lotes adquiridos chegariam à cidade em maio. No entanto, diante da relutância da Anvisa em aprovar a vacina russa, é improvável que essa promessa seja cumprida.
O dia 26 de abril foi estabelecido como marco para a paralisação, pois a data foi escolhida pelas prefeituras do Rio de Janeiro, Niterói, Maricá e Itaguaí para o início da vacinação de categorias profissionais, calendário que já foi alterado pelo atraso na remessa de lotes de vacina pelo Governo Federal.
O Sintronac pretende estender o movimento para os demais municípios de sua área de atuação, além de iniciar conversações com sindicatos dos rodoviários da capital e da Baixada Fluminense para que estes participem da mobilização, além de metroviários, ferroviários e trabalhadores das barcas.
