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sábado, abril 27, 2024

Deputado Coronel Salema visita Unidade Prisional da PM no Fonseca, em Niterói

Foto: Redes Sociais

O deputado estadual Coronel Salema (PSD) e o deputado federal Hugo Leal (PSD) visitaram na tarde de quinta-feira (14) a Unidade Prisional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (UP-PMERJ), no Fonseca, em Niterói.

Recebidos pelo diretor da unidade, tenente-coronel Adriano Bulhões, e pelo sub-diretor, major Wilson Júnior, Coronel Salema e Hugo Leal ouviram alguns pedidos. Um deles é que ex-policiais que cumprem suas penas na Penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9), no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, passem a cumprir pena no Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, no Fonseca.

“Quando um policial condenado pela Justiça é expulso da corporação ele perde o direito de continuar cumprindo sua pena aqui e é levado para Bangu, onde estão os criminosos presos por eles enquanto em atividade”, revelou o Coronel Salema.

“Apesar de ser em unidade diferente é no mesmo complexo penitenciário e as visitas ocorrem nos mesmos dias e horários, fazendo com que os familiares deles se encontrem com as famílias dos outros presos. Eles me relataram que seus familiares são hostilizados e temem que a qualquer momento haja um incidente mais grave”, ressaltou o parlamentar, que está apresentando uma indicação solicitando que o Governo do Estado, por meio da secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), realize a mudança.

Foto: Redes Sociais

Atualmente há 146 ex-PMs cumprindo pena em Bangu 9, enquanto o Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro tem capacidade para 352 detentos.

“Não haveria problema de superlotação e daríamos dignidade às esposas, mães, pais e filhos de homens que já contribuíram muito para a sociedade e que hoje estão pagando suas dívidas com a Justiça”, enfatizou Salema, que comandou o 7º BPM (São Gonçalo), o 12º BPM (Niterói) e 35º BPM (Itaboraí).

Já na UP-PMERJ, hoje estão 240 policiais militares – sendo 8 oficiais e 232 praças.

“Qualquer PM pode vir parar aqui a qualquer momento. Nenhum policial está livre de ser preso. Há homens realmente culpados mas também há muitos injustiçados, inclusive ainda aguardando julgamento, e eles não estão pedindo nenhum benefício ou mordomia. O que eles querem é ajuda para terem o mínimo de dignidade que qualquer pessoa merece”, destacou o deputado.

Outro pedido foi quanto à instalação de um rancho na unidade prisional, onde os próprios PMs seriam os responsáveis por preparar suas refeições, como ocorre nos batalhões da corporação.

Foto: Redes Sociais

“Eles contaram que recebem as mesmas quentinhas distribuídas no sistema prisional e muitas vezes a comida já chega sem condições de consumo. A alimentação deles é garantidas pelos familiares que trazem durante os três dias de visita. No entanto, as famílias de policiais do interior do Estado e de outros locais mais distantes não conseguem vir as três vezes por semana”, relatou.

Dos acautelados, os parlamentares também ouviram sobre o Projeto de Lei Federal 9432/2017, que aguarda a aprovação no plenário da Câmara para depois seguir para o Senado Federal. O texto altera dispositivos do Decreto-lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar, e o art.1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990.

Uma das mudanças acaba com a multiplicação da pena. Enquanto o civil condenado recebe uma pena somada a uma agravante, o militar recebe a sua pena multiplicada.

Um dos PMs, condenado por corrupção passiva, recebeu pena de 4 anos e 8 meses. No entanto, foi multiplicada por dez e virou 48 anos. Ele já está preso há cinco anos e terá direito ao semiaberto somente em 2022. Se ele fosse preso comum, já estaria em liberdade desde 2018.

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