Única mulher entre os 27 vereadores eleitos em 2020, a servidora pública Priscilla Canedo Loureiro, de 39 anos (PT) – moradora de São Gonçalo há 30 anos – desde muito cedo sonhava em um dia se tornar parlamentar em São Gonçalo.
“Ingressei na política aos 14 anos, fazendo parte do diretório do grêmio estudantil no Colégio Estadual Dôrval Ferreira da Cunha, em Rio do Ouro, onde estudei. Na época, fui representante de turma e sempre tive em mim essa vontade de liderar, organizar e lutar pelas causas impossíveis”, recorda.
Quatro anos depois, Priscilla começou a estagiar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde auxiliou na elaboração dos projetos de lei de dois deputados.
“Quando fui para lá, o foco era me capacitar e conhecer o papel de um parlamentar. Foi uma escola e me deu a expertise necessário para tentar uma cadeira na Câmara”, diz
Priscilla ficou na Alerj de 1994 a 2014. Neste período, se formou em Direito e se especializou em Formação Política e Processo Legislativo. No entanto, antes de tentar disputar uma vaga na Câmara, passou por Itaboraí e viveu uma experiência que, segundo ela, mudaria sua vida.
“Assim que saí da Alerj, assumi a subsecretaria de regularização fundiária de Itaboraí, onde tive um importante papel na área habitacional do programa ‘Minha Casa Minha Vida’ e na regularização fundiária. Essas experiências me capacitaram para entender que São Gonçalo sofre com essa questão habitacional e de regularização de posses”, pontua.
No caminho até o sonho se tornar realidade, ela esbarrou em duas tentativas sem o resultado esperado nas urnas. “Na primeira vez, em 2012, tive uma expressiva votação com 1.952 votos, mas não consegui a cadeira porque meu partido precisava de mais votos”, lamenta.
Na segunda, em 2016, uma decepção que não a fez desistir. “Enfrentei problemas pessoais e de saúde. Por isso, obtive apenas 787 votos”, recorda.
Fortalecida nesse ano, conseguiu ser a única mulher eleita em São Gonçalo. Mesmo assim, ela critica a ausência de outras na Casa Legislativa.
“Consegui com muita luta e sacrifício, pois trabalhava tanto na campanha que só dormia apenas três, quatro horas por dia. Mas, graças a Deus, conseguiu a vitória e estou muito feliz com o resultado. Estou feliz em ser a mulher que vai representar todas as outras em São Gonçalo, e gostaria muito que tivéssemos mais, porque tivemos boas candidatas”, frisa.
Sobre sua responsabilidade, ela vai além: “Farei o meu melhor e sei que tenho capacidade, vontade, amor pela cidade e amor pelos gonçalenses”, finaliza.
