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segunda-feira, abril 29, 2024
Tratamentos de tipos de câncer como o de mama ou colo do útero podem comprometer fertilidade feminina devido à quimioterapia, impedindo o sonho de ser mãe (Divulgação)

O mês de outubro se destaca, nacionalmente, pela campanha do Outubro Rosa, que simboliza um alerta para a conscientização e prevenção ao câncer de mama e colo de útero. Além do desafio de vencer a doença, outro aspecto ameaça a felicidade da mulher que sofre do mal: a gravidez é um sonho de muitas mulheres. Para tal, é importante destacar que a prevenção é o melhor caminho.

A mobilização do Outubro Rosa se expande mais a cada ano e as campanhas abrem caminhos para discussões sobre o tema, quando então muitas pessoas compartilham suas emoções sobre os desafios de enfrentar, bravamente, as duras realidades da doença, em especial quando o assunto é ligado à maternidade.

Quando esse diagnóstico chega ainda durante a idade reprodutiva das mulheres, há um ponto adicional importante a considerar: a preservação da fertilidade. Alguns tratamentos de combate ao câncer de mama, como a quimioterapia por exemplo, podem causar infertilidade ou dificultar que a mulher engravide.

Paola Rozario, de 30 anos, moradora de São Gonçalo, relata o que vivenciou: “Assim que recebi o diagnóstico, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: como posso me cuidar para engravidar após passar por isso? Meu desejo era ser mãe ainda esse ano mas, infelizmente, precisei adiar esse sonho, sem nunca pensar em desistir.”

Dra. Cristiane Coelho, fertileuta (médica especialista em reprodução assistida) de Niterói que cuidou do caso de Paola, esclarece: “Cada caso é um caso. O melhor a fazer é conversar com o seu médico sobre os riscos e as possibilidades de preservação da sua fertilidade, assim que for feito o diagnóstico. Com a Paola realizamos a fertilização in vitro, já que o casal optou em congelar os embriões após a formação dos blastocistos. Ao término do tratamento e liberação do oncologista, os embriões serão descongelados e implantados no útero da paciente.”

O principal fator prognóstico de fertilidade da mulher é a idade, independentemente da associação com qualquer doença. Isto porque, após os 35 anos, ocorre a diminuição gradual na quantidade e qualidade dos óvulos. Este fator natural, somado a um diagnóstico e também a um tratamento que compromete a fertilidade das mulheres, torna-se um obstáculo ainda maior.

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