O humor gráfico do país amanheceu triste com a morte do cartunista Nani nesta sexta-feira (8) em Belo Horizonte, em consequência da Covid-19. Criador da tirinha Vereda Tropical, o mineiro de 70 anos, que também era escritor, redator de humor e roteirista, deixa dois filhos, Juliano e Danilo, uma neta, a Manuela, e a mulher, Inez.
De acordo com a família, Nani estava fazendo isolamento em sua cidade natal desde o início deste ano, quando se mudou do Rio e Janeiro, mas foi infectado pelo coronavírus. Ele estava internado na capital mineira havia uma semana.
Nani tinha problemas de saúde que o deixavam no grupo de risco para a Covid-19. O artista passou por três transplantes de fígado em apenas um mês. Ainda não há informações sobre o enterro do desenhista.
Quem foi Nani
Nascido Ernani Diniz Lucas em 27 de fevereiro de 1951, se tornou conhecido em todo o país pelo apelido, Nani começou a carreira em Belo Horizonte, aos 20 anos, publicando charges. Pouco depois, em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro. Ao longo da trajetória profissional, colaborou com O Pasquim e foi chargista de O Globo. Também publicou em veículos como Jornal dos Sports, Última Hora e O Dia.
Criador da tirinha Vereda Tropical, publicada em diversos jornais pelo Brasil na década de 1980, em que satirizava a situação política e social brasileira da época.
Na TV Globo, Nani trabalhou ao lado de Chico Anysio por 20 anos, como roteirista em Chico Total e Escolinha do Professor Raimundo. Ele também escreveu textos para os programas Casseta & Planeta, Sai de Baixo e no Zorra.