A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) passe a usar tornozeleira eletrônica e seja proibido de chegar perto da sede da Corte, em Brasília.
O pedido foi apresentado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, e faz parte da denúncia apresentada contra o parlamentar, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após publicar um vídeo na internet com conteúdo ofensivo contra os 11 membros do STF.
A prisão do parlamentar, no Rio, será analisada pela Câmara dos Deputados, que pode decidir pela manutenção dela ou pela libertação.
No vídeo, o deputado bolsonarista, que é ex-policial militar, xinga alguns dos ministros do Supremo, mas se concentra em atacar mais Edson Fachin, chamado de FDP.
Silveira afirma que os 11 ministros “não servem pra porra nenhuma pra esse país”, “não têm caráter, nem escrúpulo nem moral” e deveriam ser destituídos para a nomeação de “11 novos ministros”.
No único momento em que faz um elogio, o ex-PM diz respeitar apenas um dos ministros pelo conhecimento jurídico: o carioca Luiz Fux. Mas até o presidente da Corte é incluído nas críticas generalizadas aos membros do tribunal, chamados de “ignóbeis” (repugnantes).
