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sexta-feira, abril 26, 2024

Unidos Pela Ponte completa 20 anos e sobrevive ao tempo

Os amigos se encontram quinzenalmente para bater uma bolinha no Fluminense, em Niterói (Foto: Divulgação)

Nesta sexta-feira (14), o Unidos Pela Ponte completa mais um ano de existência e chega à duas décadas desde o dia em que Mindinho e Sanchez, dois ex-funcionários do Banco BBA (comprado pelo Itaú) resolveram fundar o grupo naquele 14 de maio de 2001.

“Trabalhei junto com Sanchez e conseguimos fundos para custear os eventos por uns dois anos. Começamos a jogar nos fins de semana e aderimos a ideia. O primeiro jogo, lembro que foi um Niteroi x Rio de Janeiro, sendo que Sanchez convocou os craques do Rio e eu os de Niterói. Confesso que não lembro o placar do confronto, mas sei que a equipe de Niterói venceu”, diz o talentoso meio-campista Carlos Augusto Calheiros de Souza, de 60 anos, conhecido como Mindinho.

E completa: “Chegar até aqui é para poucos, mas talvez a galera nem lembre de Renatinho, Fernando e Rodrigo, nomes do BBA e que foram importantes no começo dos jogos realizados aos sábados no Fluminense em Niterói”, revelou jurando de pés juntos que já pendurou as chuteiras.

O grupo atualmente é composto por 30 craques na faixa etária de 45 a 60 anos, que pagam uma mensalidade de R$ 50 e desfilam seus talentos de 15 em 15 dias em encontros e reencontros inesquecíveis.

“Esse grupo é essencial para que possamos nos reunir sábado sim e sábado não. E nisso, acabamos estreitando nossa amizade. Certa vez, antes da pandemia, apareceu um craque do passado chamado Cemir e ao mesmo tempo gostei de reencontrá-lo, pois ele batia uma bola redonda quando jovem. Aí, você vê esse mesmo amigo de cabelos brancos e com um toque de bola refinado é algo que o tempo não apaga. Nem a amizade se apaga e continua aumentando”, diz o aposentado Marcos Aurélio, de 62 anos, morador de Piratininga, considerado um maestro em campo.

O grupo foi se renovando e hoje, pais e filhos fazem parte do Unidos Pela Ponte

Após um período de jogos cancelados, os integrantes voltaram a se reencontrar seguindo à risca os protocolos de segurança, como afirma o funcionário público e goleador Ricardo Silva de Oliveira, de 58 anos.

“Independente da amizade que nutrimos um pelo outro e a paixão pelo futebol, seguimos recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e jogamos com máscaras e o álcool em gel sempre é passados nas mãos toda hora. Mas vale frisar, que o Unidos Pela Ponte só existe porque ele é realizado quinzenalmente, pois muitas mulheres reclamavam que os maridos chegavam tarde em casa em dias de jogos. Com essa mudança nos dias do futebol, o casamento pôde ganhar um fôlego e o Unidos Pela Ponte continuar”, alertou Ricardo.

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