Alexandro da Silva Baptista era um garoto com pouco menos de 15 anos quando ouviu pela primeira vez a palavra reciclagem, mesmo sem entender seu significado à época.
Anos depois já como sargento da PM, uma incursão ao Morro do Estado, em Niterói, fez ele entender o que era reciclar.
“Era 2007, estava a trabalho, quando vi algumas crianças brincando de bola em um campo próximo a um baile funk que havia ocorrido na noite anterior. Ali, pude perceber diversas tampinhas de refrigerantes jogadas em meio à alegria daqueles meninos que jogavam bola em um local horrível e uma cena devastadora. Naquele lugar de difícil acesso, cheguei à conclusão que era possível unir tampinhas com preservação do meio ambiente e um lugar seguro e melhor para crianças jogarem futebol”, diz o sargento licenciado da Policia Militar.
Poucos meses depois, nascia o esqueleto do projeto Tampinha Esperança, que ganharia corpo em 3 de outubro de 2020, com a inauguração do Society & Eventos Di Fita, no Porto da Pedra.
“Desde da inauguração do meu campo, passam por aqui diariamente cerca de 60 a 80 meninos e meninas com faixa etária entre 6 a 15 anos de idade, que jogam uma hora de futebol em troca de 100 tampinhas”, revela.
Morador do Porto Velho, ‘Di Fita’ como é conhecido, explica que mais importante que preservar o meio ambiente e tirar os meninos das ruas é ensinar valores que às vezes são perdidos com más companhias.
“O barato do Tampinha Esperança é que eles passam boa parte do dia no recolhimento das tampas e a outra metade jogando futebol de graça aqui, onde ensinamos disciplina, respeito, honestidade e amor ao próximo”, conta ao Lado de Cá sem saber o número exato de crianças alcançadas com o projeto.
E revela: “Se o Tampinha Esperança conseguir tirar esses meninos das ruas, e do envolvimento com pessoas erradas na vida, acho que já valeu a pena. Esse é o propósito”, diz emocionado.
Vale ressaltar que todas as tampinhas doadas no projeto Tampinha Esperança são vendidas e servem para comprar cadeiras de rodas e guarda-sóis que são destinados para pessoas que necessitam.
E completa: “Fazer isso e ainda por cima preservar a natureza para as próximas gerações não tem preço”, finaliza.
Se você é adolescente e tem de 6 a 15 anos de idade, junte suas tampinhas e entregue no Society & Eventos Di Fita, situado à Rua 1° de Outubro, 166, Porto da Pedra em São Gonçalo.
E se você quer quiser ajudar o projeto Tampinha Esperança, contribua levando as tampinhas que você encontrar nas ruas ou nos lixos à sede do projeto.
Serviço
End.: Rua 1° de Outubro, 166, Porto da Pedra (próximo à curva do S).
Telefone: 982790015 (whatsapp).
Rede Social / Instagram: @tapitaesperanza
