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sexta-feira, maio 17, 2024

Igreja Universal recebeu mais de R$ 72 milhões em doações do ‘faraó’ das criptomoedas

Segundo os dados apresentados, foram 43 transferências para contas correntes da igreja, e outras 38 operações por meio de cartão de crédito (Foto: Reprodução)

A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) entrou com uma ação judicial para antecipar provas, temendo ser “envolvida em crimes que não praticou, pelo simples fato de ter recebido, de boa-fé”, doações da GAS Consultoria Bitcoin e de seu dono, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos – preso na semana passada acusado num esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. A denominação religiosa está incluída na lista das 27 empresas e pessoas físicas que receberam quantias altas do acusado.

Segundo levantamento da Receita Federal, as transferências do acusado à Iurd foram de aproximadamente R$ 29 milhões entre 2018 e 2020. A igreja, porém, confirma ter recebido valores ainda mais altos, de R$ 72,3 milhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de julho de 2021.

Assinado por 50 advogados, o documento foi endereçado à Vara Cível de Cabo Frio dois dias após a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagrarem a Operação Kryptos, que levou Glaidson à cadeia. De acordo com a igreja, o ex-garçom – que já foi pastor da entidade – colaborava, assim como os demais fiéis, “com o sustento do templo” de Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde ele frequentava os cultos.

O advogado da Universal Antônio Sérgio de Moraes Pitombo confirmou que existe a ação na Justiça contra Glaidson. Mas, no entanto, não poderia dar mais detalhes, porque ela corre sob sigilo.

“Essa ação foi movida em sigilo e distribuída no sistema em sigilo. Eu não posso comentar uma medida judicial que eu mesmo pedi o sigilo. A Igreja já deu uma nota para prestar os esclarecimentos”, limitou-se Pitombo.

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