24.3 C
São Gonçalo
quinta-feira, abril 25, 2024

Família acusa PM de matar mototaxista durante operação no Jardim Catarina

Familiares do mototaxista Smaly Silva Neves, de 27 anos, acusam policiais do 7°BPM (São Gonçalo) de matarem o jovem durante uma operação no Jardim Catarina, na tarde do último sábado (17/10).

De acordo com a dona de casa Dayane dos Reis Siqueira, 24, esposa do mototaxista, a ação policial foi truculenta e covarde. “Mataram um pai exemplar de um casal de filhos, além de marido amoroso e trabalhador. O que fizeram foi uma covardia”, comentou indignada.

Segundo Dayane, que era casada há uma década com Smaly, o marido estava levando um amigo na garupa da motocicleta quando os dois foram abordados pelos militares na Rua Olegário Nascimento, a poucos metros da residência do casal.

“Os PMs ordenaram para meu marido parar. Ao fazer isso, com as mãos para o alto, o garupa desceu da moto e simplesmente eles levaram três tiros. Um deles acertou o peito do meu marido que caiu morto”, recorda.

Ainda segundo ela, o rapaz que estava na garupa contou que os policiais ordenaram que ele avisasse aos familiares que Smaly estava ferido. Quando retornaram, não havia mais ninguém no local. “Fomos à UPA de Santa Luzia e ele não estava lá e em seguida fomos para o Hospital Geral, onde ele chegou morto pelas mãos da polícia”, disse a jovem.

O corpo do rapaz foi enterrado na tarde desta segunda-feira (19/10), no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo. O Lado de Cá entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Protesto por justiça

Pela manhã, moradores do Jardim Catarina fizeram um protesto para pedir justiça pela morte de Smaly. Os manifestantes queimaram pneus interditando a BR-101. O trânsito na rodovia ficou fechado durante uma hora e meia.

Foto: Divulgação

Matérias Relacionadas

plugins premium WordPress