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sexta-feira, abril 26, 2024
O friburguense Baiano diz que começou a criar as peças para amenizar a morte do filho com materiais catados nas ruas de São Gonçalo (Fotos: Lado de Cá)

O som do arco de serra usado nas madeiras que são lixadas de forma lenta e suave é ouvido nas manhãs pelos vizinhos que passam em uma rua no Boa Vista em São Gonçalo. O responsável pelo som é o friburguense José Cláudio Diniz Cabral, de 61 anos, apelidado de Baiano, que entre pedaços de madeiras, compensados, cobre, fios, arames, colas, lápis, borracha, papéis e tintas, cria peças para superar a dor da perda do filho de 27 anos, que tirou a própria vida em março do ano passado em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio.

“Meu filho se foi e desde então tenho feito minhas peças para amenizar um pouco a dor da morte dele na minha vida. É bom para aliviar os problemas do mundo e uma terapia para a cabeça”, afirmou.

Friburguense, Baiano, apelido que ganhou desde os tempos em que era jovem, já fez mais de 30 peças entre motos,carros, aves, dinossauros e o mickey mouse, principal personagem do Walt Disney.

Atualmente, o artista plástico produza as peças e tem a intenção de realizar uma exposição em São Gonçalo

Autodidata, ele não produz os artesanatos para lucro próprio, mas pensa em colocá-los à venda para comprar materiais e melhorar a qualidade do trabalho.

“Eu pego as coisas na rua, saio catando tudo que vejo pela frente e trago aqui para a casa da minha irmã e passo horas trabalhando em cada peça no meu ateliê improvisado no terraço da casa dela”, conta lembrando que já fez um crocodilo em cimento que deu para um artista plástico em Nova Friburgo.

“Foi minha melhor peça”, orgulha-se. Se você quiser adquirir as peças de Baiano, basta entrar em contato pelo telefone (21) 99677-8798.

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