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domingo, maio 12, 2024

Parque Paleontológico vira campo de pesquisa em busca de variações climáticas do passado geológico

De acordo com o cronograma feito pelo grupo, esta primeira visita foi de avaliação, para ver a possibilidade de fazer um trabalho de cicloestratigrafia, que é um ramo da Geologia que investiga padrões sedimentares cíclicos. O segundo momento será para aquisição de dados, que serão processados via software, nas dependências do Observatório Nacional.

27ED1B16-4AA8-4A20-9413-D962E0DACBD6O processamento envolve a correlação entre os padrões sedimentares e os movimentos orbitais da Terra, que influenciam no clima e na deposição das rochas. A duração da análise científica depende da aquisição e da qualidade dos dados obtidos e do processamento, podendo levar meses até a sua finalização.

A bacia sedimentar de Itaboraí, localizada no PNMPSJI, foi escolhida por ter importância do ponto de vista da diversidade paleontológica e geológica. E ainda pelo déficit de informações em relação a idade de formação dessas rochas.

Segundo a pesquisadora em Geofísica do ON, a pós-doutoranda Mariane Candido, essa investigação nunca foi feita na bacia de Itaboraí e estudos deste tipo estão em evidência na área de geociências, sendo poucos trabalhos realizados no Brasil. Essa análise poderá contribuir com a datação mais precisa e tempo de deposição das rochas na bacia de Itaboraí, além de auxiliar no entendimento do contexto geológico e nas variações climáticas que podem ter influenciado a formação da bacia.

Para o paleontólogo e gestor do parque, Luís Otávio Castro, um estudo dessa complexidade sendo realizado no parque mostra o potencial da Unidade de Conservação para pesquisa de ponta do país. “Vale ressaltar que estamos no caminho certo, fazendo a preservação do local. E assim, contribuindo com a visitação de turistas em geral, que procuram o parque por conta de sua beleza cênica”, comentou Luís Otávio.

A visita contou com a presença da professora de Geologia da UFRJ, Kátia Mansur; a professora de Paleontologia da UFRJ, Lilian Bergqvist; as pós-doutorandas em Geofísica do ON, Mariane Candido e Natália Braun; a doutoranda em Geofísica da UnB, Gabriella Fazio e a estudante de iniciação científica da UFRJ, Raysa Rocha.

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