Artes Marciais e Projetos Sociais – o casamento que tem feito a diferença na vida das pessoas

Além de benefícios físicos como condicionamento, flexibilidade, respiração, postura e coordenação motora, as artes marciais constroem um desenvolvimento psicossocial. Como mostra o próprio termo “marcial”, as lutas têm referência no treinamento militar, que envolve hierarquia e disciplina. Outro ponto importante é a questão da autoestima, principalmente quando o atleta começa a competir e ganhar títulos, se tornando um campeão. O maior problema sempre foi a acessibilidade financeira, que não permite a uma grande parcela da sociedade treinar uma arte marcial. É nesse ponto que entram os projetos sociais.

São poucas as comunidades que contam com alguma ajuda vinda do poder público e os projetos estão fazendo toda a diferença na vida das pessoas que os procuram. Muitos professores, de diversas artes marciais, têm se dedicado aos projetos sociais que suprem uma necessidade das comunidades e os frutos têm sido colhidos há tempos, através da formação de grandes campeões e faixas pretas, que também acabam se tornando professores. Nesse perfil, temos um grande exemplo, o professor de kickboxing, André Shekinah, que trabalha no Projeto Social Resplandecer, no Porto Velho, em São Gonçalo.

O professor André Shekinah é faixa preta 3º Dan de Kickboxing e o responsável pela Equipe Família Shekinah, que faz parte da AOCTT (Associação Oliveira & Castilho Top Team) . Seu projeto, que teve início no ano de 2007, ficou conhecido nas competições da FKBERJ (Federação de Kickboxing do Estado do Rio de Janeiro), onde os atletas começaram a se destacar conquistando títulos importantes e, logo, se destacaram a nível nacional, nos campeonatos da CBKB (Confederação Brasileira de Kickboxing).

“O projeto surgiu graças a um desejo tremendo de ajudar jovens a superar suas realidades. Alguns mergulhados no tráfico e diversas outras situações complicadas. Desde o início, temos em nossos arquivos mais de 2.200 alunos. Muitos deles campeões em diversas competições regionais, estaduais e nacionais.” Professor André Shekinah

Uma das modalidades mais belas do Kickboxing, o musical forms voltou às competições da CBKB graças a um movimento que teve início com o Professor André Shekinah e sua equipe, que se mantêm em destaque com atletas como Sarah Martins, – que foi a primeira competidora da modalidade na FKBERJ quando recomeçaram as competições no Rio de Janeiro – Roberto Oliveira e Priscila Cunha, todos Melhores Atletas em 2019. No ano de 2015, quando reiniciaram as competições na CBKB, a Família Shekinah ganhou o troféu de melhor equipe de musical forms do Brasil. Devido ao excelente trabalho, o professor se tornou o diretor do Departamento de Musical Forms da FKBERJ.

O projeto Resplandecer, além do kickboxing, já conta com outras atividades: psicólogos, psicopedagogos, reforço escolar, jiu-jitsu, ballet infantil, ballet fitness, kapop, jazz, hip hop, artesanato, entre outras.

Durante esse período de quarentena, a Família Shekinah tem lutado para estimular atividades físicas individuais por meio dos grupos no aplicativo whatsapp, realizando lives para instruir, à distância, também acerca de diversas situações psicológicas com aconselhamento pessoal. Como ficou claro, mesmo em período de isolamento social, o projeto tem feito a diferença na vida de todas as pessoas que o procuram.

 

 

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