Os policiais civis, Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pela morte do menino João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, assassinado dentro da própria casa, durante uma operação da polícia, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em maio do ano passado.
Segundo a Polícia Civil, os agentes agiram “sob erro quanto aos pressupostos fatos da legítima defesa, supondo haver uma injusta agressão atual ou iminente que, na verdade, não houve comprovação de sua existência”.
O policial Fernando de Brito irá responder por tentativa de homicídio culposo, já que foi descartada a possibilidade do agente ter atirado em JP, mesmo ele tendo realizado o disparo que acertou o jovem.
Na época do crime, os policiais alegaram que estavam perseguindo traficantes da região, e que os criminosos haviam entrado na casa onde João Pedro estava brincando com os amigos e houve troca de tiros. Porém, as investigações não conseguiram concluir se de fato houve confronto na casa. Agora o relatório segue para o Ministério Público
Os pais de João Pedro
O Lado de Cá esteve no Salgueiro e visitou a casa onde João Pedro morava com os pais e a irmã de 5 anos. Em 1h de conversa, o casal contou como tem sido a vida desde aquela tarde, quando o filho foi atingido no abdômen por um disparo de fuzil 556 na casa do tio, onde foram encontradas 72 perfurações de balas. No momento, havia uma operação conjunta entre policiais civis e federais. (confira o restante da matéria).
Manifestações marcam 1 ano da morte do menino João Pedro
No mês passado, uma série de manifestações promovidas por parentes, amigos e organizações da sociedade civil em São Gonçalo, Niterói e na capital fluminense pediu justiça, já que o caso ainda não havia sido solucionado.