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sexta-feira, abril 19, 2024

São Gonçalo tem novo canal para denunciar violência doméstica e sexual

Sala Lilás ganha mais um meio de comunicação

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Uma reunião entre a equipe do Instituto Médico Legal (IML) e os profissionais do Centro Especial de Orientação à Mulher (Ceom), nesta quinta-feira (22), definiu que a Sala Lilás, instalada no Posto Regional da Polícia Técnica de Tribobó, em São Gonçalo, ganhou um novo meio de comunicação para atender as demandas do município. A partir de agora, a população pode ligar para o número de telefone (21) 3715-2155, que auxiliará no atendimento direto entre a equipe da sala com a população, além de servir como um canal que passará as informações que o local oferece.

“Ter esse novo canal de comunicação é uma grande vitória para a Sala Lilás, pois vai fazer com que as informações sejam passadas de maneira mais precisa. Percebe-se que o cuidado vai além do técnico, envolvendo o emocional da vítima e da família. Neste local, se faz necessário um atendimento extremamente humanizado para que as vítimas se sintam bem acolhidas. Esse primeiro atendimento é primordial e a equipe vem desenvolvendo bem esse trabalho”, declarou Ana Cristina da Silva, subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres.

O Projeto Sala Lilás é um ambiente mais acolhedor, que presta atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar, com incidência nas violências física e sexual, que chegam ao local para realizar o exame de corpo de delito, após registrarem ocorrência nas delegacias. O objetivo é fornecer atendimento humanizado, especializado e dar suporte à vítima diante da violência que foi exposta.

Na ocasião da visita, a Sala Lilás recebeu a doação de brinquedos por técnicos do Ceom, que se uniram para presentear as crianças que ali são atendidas. “A maioria das crianças que chegam à Sala Lilás para ser atendidas está em vulnerabilidade social. Muitas delas são vítimas de abuso sexual. Quando elas chegam no espaço ficam encantadas quando veem os brinquedos e acaba sendo um momento de resgate da infância”, afirmou Silvia Carvalho, assistente social da Sala Lilás.

Ao longo do atendimento, o brinquedo auxilia a criança a desenvolver sua capacidade de relacionar-se e integrar-se a si mesma e às outras pessoas, permitindo que, além de brincar, demonstre seus sentimentos e ansiedades quanto ao ambiente e sua vitimização.

“Vimos a importância de restabelecer a infância nas crianças que chegam aqui vítimas de abuso sexual. Além disso, buscamos fortalecer o vínculo entre o Ceom e a Sala Lilás, já que fazemos parte da mesma rede”, contou Maria Bethânia Raulino, diretora do Ceom.

O IML de Tribobó atende demandas dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito. Os atendimentos de maior incidência na Sala Lilás são de violência física contra mulheres maiores de 18 anos e abuso sexual em crianças e adolescentes. Com uma equipe formada por assistentes sociais, enfermeiras e psicólogas, as profissionais acolhem as vítimas e, dependendo de cada caso, elas são encaminhadas para acompanhamento na rede de serviços que compõem o sistema de garantia de direitos de cada município.

“O trabalho desenvolvido pela Sala Lilás é de extrema importância, pois os profissionais capacitados utilizam um método humanizado direcionado para as mulheres que chegam até o IML totalmente vulneráveis. Nossa equipe está disponível para somar”, disse Marcos Santos, diretor do IML do Tribobó.

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