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São Gonçalo
sábado, maio 18, 2024
Foto: Divulgação

Chuva com as altas temperaturas do verão é a combinação perfeita para o amadurecimento da larva do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para evitar que os números de focos e, consequentemente, casos das doenças cresçam em São Gonçalo, os agentes de controle das arboviroses visitam as casas nos bairros, pulverizando larvicida nos locais com acúmulo de água. O trabalho é constante e acontece durante todo o ano.

O primeiro Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) – metodologia que mostra a presença do mosquito vetor na cidade – realizado entre os dias 8 e 12 de janeiro deste ano, mostrou que a cidade está com médio risco de contaminação da dengue. Dos bairros inspecionados, 52 ficaram com baixo índice de infestação, 31 com médio risco e três bairros com alto índice (Ieda, Porto Novo e Palmeiras).

A visita dos agentes visa verificar se há novos focos do mosquito Aedes aegypti nas casas e orientar os moradores. Apesar do trabalho, os agentes ainda encontram muitos focos nas residências e comércios, principalmente em caixas d’água sem tampas. Se encontram larvas, fazem a eliminação e/ou aplicam larvicidas, colocam telas nas caixas d’água e armadilhas para capturar os ovos.

“No intervalo entre as visitas dos agentes, é muito importante que os moradores façam a manutenção, evitando deixar água parada. Qualquer recipiente pode ser um criadouro para mosquito. Basta ter uma gota d’água. Por isso, a participação e conscientização da população é importante. No levantamento realizado, os depósitos de água no nível do chão e as garrafas e latas são os locais onde mais foram encontrados os focos”, disse o diretor da Vigilância em Saúde Ambiental, Edson Vieira.

A fêmea do mosquito pode colocar até 300 ovos de uma vez. Eles levam apenas uma semana para se transformarem em mosquito. O mais importante é não deixar o vetor nascer, fazendo a vigília constante – preferencialmente toda semana – nos locais que podem acumular água, como calhas e ralos, caixas d’água, garrafas e qualquer recipiente que possa acumular água, pratos de vasos de plantas, lonas de materiais de construção e piscina, pneus, tonéis e latões.

Prevenção – Além das visitas, a Vigilância Ambiental também realiza o bloqueio de casos notificados da dengue através das motofogs, que soltam o inseticida no ar pelas ruas dos bairros. E as equipes dos pontos estratégicos vistoriam e fiscalizam ferros-velhos e estaleiros. Há também equipe que mobiliza, monitora e realiza o recolhimento de pneus pelas ruas da cidade.

Pronto-atendimento – Outro serviço realizado pelo setor é o pronto-atendimento. Qualquer cidadão pode ligar para a Vigilância Ambiental e pedir uma visita nos casos de infestação de qualquer vetor. Os atendimentos são feitos, em média, em uma semana. Nesses casos, os agentes averiguam a denúncia e realizam a ação necessária para acabar com os vetores. As denúncias podem ser feitas pelo telefone da Vigilância Ambiental (21) 3195-5198, ramal 1008, da Coordenação de Vetores (21) 2604-6446 ou ainda pelo aplicativo Colab.

Casos – São Gonçalo contabilizou 96 notificações de casos de dengue, neste ano, até o último dia 26. Destes, 19 casos foram confirmados. Chikungunya foram sete notificações e um caso confirmado. Zika não teve nenhuma notificação.

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