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sábado, julho 27, 2024

Nora de Flordelis previu morte de pastor Anderson do Carmo

Crédito: Divulgação

Visão tinha ‘homem de preto armado e usando touca ninja’

 

Uma nora da deputada Flordelis dos Santos, Cristiana, teve uma visão uma semana antes do assassinato do pastor Anderson do Carmo. Nela, ela “avistou pessoas armadas dentro do quintal da casa (…). Nesta mesma visão, ela afirmou ter visto um homem todo vestido de preto, inclusive usando touca ninja, portando uma arma de fogo. Quando esse homem a viu, fugiu pelo portão dos fundos da casa”.

 

O relato consta no depoimento de seu marido, um dos filhos adotivos da parlamentar, Carlos Ubiraci Francisco Silva. Segundo depoimentos de outras testemunhas, o portão dos fundos da casa, que não possui câmeras, sempre permanecia fechado. Mas, na noite do crime, estava aberto.

 

Carlos Ubiraci é pastor, vice-presidente do Ministério Flordelis no Mutondo, em São Gonçalo, além de um dos três parentes que são secretários parlamentares da deputada Flordelis.

Em seu depoimento, no dia 18 de junho, Ubiraci relatou que o portão dos fundos da residência “tem abertura automática, mas está quebrado há mais ou menos uma semana”. Uma das netas da Flordelis, Lorrane Oliveira, disse que “o portão só abre por dentro” e foi ela quem o fechou antes da chegada da polícia ao local.

 

Na época dos depoimentos, a advogada da família, Luciene Suzuki, disse aos policiais que acreditava na participação direta de Lucas Santos no crime, já que “quem abriu o portão tem trânsito pela casa”.

 

Lucas foi até a residência de Flordelis cerca de dez minutos antes do crime, mas a polícia confirmou que ele estava em um baile funk no momento do assassinato. Ele está preso por ter ajudado na aquisição da arma para o irmão, Flávio dos Santos, que confessou ter apertado o gatilho, sem revelar detalhes da motivação.

Em depoimento, Lucas confessou ter deixado na residência uma outra pistola 9 mm momentos antes da chegada do pastor à casa. A arma foi levada a traficantes por parentes da deputada, um dia após o assassinato, segundo uma testemunha.

Ainda em seu depoimento, Carlos Ubiraci diz que só acordou após ser chamado por uma irmã e encontrou Anderson já baleado. Ele relatou ainda que foi o próprio Flávio, junto com outros dois irmãos, que levou o corpo de Anderson para o hospital.

Carlos Ubiraci disse também que Flávio parecia ter uma boa convivência com Anderson, acompanhando o casal em viagens a Brasília, por exemplo. No dia seguinte ao crime, ele chegou a ver Lucas “deitado no quarto, juntamente com Flordelis”.

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