O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) saúda a conquista da Escola Unidos do Viradouro no Carnaval de 2024, homenageando a ancestralidade das mulheres negras com o enredo “Arroboboi Dangbé”. A agremiação niteroiense trouxe à avenida a exaltação às guerreiras africanas e à religião vodu, resgatando a cultura africana e sua influência na formação da sociedade brasileira.
Com 34 anos de atuação, o MMSG, composto majoritariamente por mulheres negras, elogia a representação na Marquês de Sapucaí, destacando a força das “guerreiras” brasileiras que enfrentam violência e preconceito diariamente. A gestora Marisa Chaves elogia a escolha do enredo e parabeniza a Viradouro por valorizar a luta das mulheres negras no Brasil.
A mestranda Luciléia de Souza Baptista destaca a importância dos enredos das escolas de samba em divulgar a história dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas. Ela ressalta que a ancestralidade fortalece as mulheres negras, que resistem e lutam por dignidade e respeito.
A diretora executiva do MMSG, Oscarina Siqueira, expressa otimismo em relação aos avanços das mulheres negras na luta contra o preconceito e destaca a importância do resgate histórico promovido pelo samba da Viradouro.
Fundado em 1989, o MMSG trabalha no enfrentamento de preconceitos e discriminações, especialmente de gênero e raça. A entidade oferece apoio a vítimas de violência doméstica e conta com uma equipe interdisciplinar para atendimento gratuito. Em parceria com a Petrobras, o projeto NEACA Tecendo Redes busca garantir os direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens em São Gonçalo, Duque de Caxias e Itaboraí.
Os serviços do MMSG estão disponíveis nos endereços indicados de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Em caso de necessidade, o movimento oferece suporte para lidar com diversas formas de violência.
