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sábado, abril 20, 2024

Maricá respira arte com o festival Dança em Trânsito

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Maricá está recebendo o festival Dança em Trânsito, que reúne artistas de várias cidades do Brasil, Burquina Faso, Cuba, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal e Suíça, e que utilizam palcos inusitados em busca de impacto social.

Com um roteiro de três dias em Maricá (18/08,19/08 e 20/08), os dançarinos passam por diversos bairros e iniciaram o percurso neste domingo, em Ponta Negra e nas orlas das Amendoeiras e de Araçatiba.

Na Lagoa das Amendoeiras, as apresentações envolveram o público que aproveitava a tarde de sol do domingo. Com o espetáculo ‘Rotas’, o projeto reuniu artistas com larga experiência em apresentações internacionais, seguidos da apresentação de ‘Romual Sans D’, de Romual Kabore, de Burquina Faso e da apresentação de ‘Solo Juntos’, da companhia madrilenha Lab Project, de Lucio Baglivo.

Dançando juntos há seis anos, Lucio, de 39 anos, Candelária Antelo, de 33 anos e Maximiliano Sanford, de 37 anos, desembarcaram no Brasil e apresentam no festival o ‘Solo Juntos’. Simulando uma festa na rua, três pessoas decidem começar a dançar e num desafio constante, movimentam o corpo de forma que os três se toquem ao mesmo tempo no compasso da dança, que é alegre e um convite a acompanhar os movimentos com o corpo.

“Para nós, é muito importante cruzar o Oceano Atlântico e desembarcar no Brasil, marcando nossa apresentação de número 70. Fomos convidados a participar deste festival e vimos nele uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho para mais e mais pessoas. É uma grande satisfação”, disse o coreógrafo e dançarino Lucio Baglivo.

Assistindo à apresentação do trio, Luis Maurício da Silva, de 53 anos, se mostrou muito participativo com a apresentação. Ele até arriscou uns passos quando foi chamado para dançar.“É uma maravilha. Seria muito bom se tivesse de novo, pois eles animaram a galera. Nunca tinha visto esse tipo de apresentação e achei excelente”, elogiou.

Helen Galvão, de 45 anos, também foi tirada para dançar e não negou. A participante de um grupo de dança em Maricá gosta muito do ritmo madrilenho e elogiou o evento, que está levando apresentações em geral curtas a vários pontos da cidade.

“Muita gente não tem acesso a esse tipo de atividade e trazer isso para o espaço público é uma iniciativa muito bacana. Eles são sensacionais e eu adorei poder dançar junto. Eles literalmente colocaram todos para dançar”, disse ela, acompanhada do marido Marcelo Galvão, de 46 anos e do filho Thiago, de 14 anos.

Na orla da Lagoa de Araçatiba, a ‘Trupe’, da Focus Cia de Dança abriu as apresentações com o trabalho criado, e dirigido por Alex Neoral. Logo após, ‘Portrait’, interpretado por Ricardo Ambrozio, vindo de Torres Vedras, Portugal, foi seguido da apresentação de ‘Identidade Urbana’ do grupo de dança de rua New Style Dance Company, este já conhecido do público de Maricá.

Vindos de Amsterdam, Holanda, a apresentação ‘Engel’, da Marta & Kim Company chamou a atenção do público, num dueto físico sobre a contínua luta interior entre gêneros apresentado por essa que é uma das mais renomadas companhias da programação. A artista circense Marta Alstadsaeter contracena com o bailarino Kim-Jomi Fischer em uma mistura de acrobacia com diferentes estilos coreográficos.

Quem estava acompanhando o espetáculo e se encantou foi a pequena Raphaela Santos, de sete anos. Ela estava em Araçatiba com os pais e, por conta da luta contra a leucemia há dois anos e meio, nunca havia tido contato com espetáculos teatrais e de dança pelo fato de tais apresentações serem, muitas vezes, realizadas em ambientes fechados.

“Nós quase não frequentamos lugares que têm dança e teatro por conta dela, então ficamos bem surpresos quando vimos que aqui havia este evento. É de altíssima qualidade e esperamos que continuem realizando esse tipo de evento tão importante para a cultura”, disse o pai de Raphaela, Jefferson Paiva, de 42 anos.

“O Dança em Trânsito é um evento que reúne muitos talentos e conseguimos trazer para Maricá este evento valioso que reúne danças contemporâneas e pós-modernas. Nossa intenção é que essa realização dê bons frutos e que continuemos a formar novos dançarinos e pessoas de Maricá que façam da dança intervenções sociais mundo a fora”, concluiu a secretária de Cultura, Andrea Cunha.

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