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domingo, abril 28, 2024

Diniz detona casos de racismo e analisa atuação do Fluminense contra o River: ‘Sabíamos que o jogo seria difícil’

Foto: Juan Mabromata / AFP

Fluminense perdeu para o River Plate por 2 a 0, no Monumental de Ñunez, e perdeu a chance de se classificar de maneira antecipada na Libertadores. Fernando Diniz mandou aquilo que tinha de melhor a campo, mas o Tricolor acabou dominado e as mexidas não funcionaram. Após a partida, o treinador analisou o que deu errado para a equipe nesta quarta-feira.

Foi um jogo difícil. O River soube pressionar a gente, tivemos nossas chances. Sabíamos que o jogo seria difícil. Poderíamos ter um pouco mais de contundência no jogo. Depois que tomamos o gol, fomos melhores na partida até o fim do jogo. Tivemos a nossa chance para fazer, tivemos lance duvidoso de pênalti. Sabíamos que o jogo seria difícil, mas a equipe lutou. Poderíamos ter tido um pouco mais de controle, mas assim o River soube marcar, soube pressionar alto – disse, em coletiva.

Diniz também fez questão de criticar os casos de racismo que aconteceram antes da bola rolar. O treinador do Tricolor das Laranjeiras detonou a postura da Conmebol com relação aos crimes e cobrou mudanças.

– Em relação aos casos de racismo, é lamentável. Não foi só aqui dentro do estádio. Nas ruas também de Buenos Aires. A Conmebol tem que tomar uma atitude com relação a isso. Não pode acontecer. Acontece com muita gente, não é um ou outro. São muitos. Estamos vivendo no mundo que é todo mundo irmão. Só serve quem tem linhagem europeia? Isso é uma vergonha para o país, para a cidade, para o clube – analisou, antes de concluir:

– Permitir que torcedores como esses… isso não são torcedores, devia estar preso. Isso tem que ser crime. E o futebol mundialmente e aqui na América do Sul a Conmebol tem que tomar providências. Porque é só pegar a câmera do estádio e ver que foram vários imitando macaco. Vários. E achando que isso é bonito – finalizou.

+ Racismo em Buenos Aires: torcedores do River Plate imitam macaco na chegada de ônibus do Fluminense

O Tricolor das Laranjeiras volta a campo neste domingo (11), para enfrentar o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro. Até lá, Diniz terá três dias para juntar os cacos e tentar a reabilitação do Fluminense, que venceu apenas uma das últimas sete partidas.

VEJA OUTROS PONTOS ABORDADOS NA COLETIVA

Mudanças em relação a primeira partida contra o River

– O 5 a 1 não mostrou o que foi a história do jogo. Foi um jogo mais equilibrado. A expulsão teve um efeito grande para o placar ser mais dilatado. E hoje, jogando em casa, o River jogava um jogo que só tinha um resultado (possível). Não tinha como ter outro tipo de postura. Nós demoramos um pouco a entrar no jogo, mas, em determinados momentos, tivemos um pouco de domínio também.

– Mas o River soube fazer uma partida boa, teve uma pressão muito grande. No segundo tempo, por ter que buscar o resultado, o Fluminense passou a ter o domínio da partida e poderia ter empatado no segundo tempo.

Data Fifa

– Vai ser importante. A gente sabe que o Alexsander vivia um momento excelente. Era um dos melhores jogadores do time e que fazia mais de uma função. O Keno também vivia um bom momento e a gente já teve o retorno do Martinelli. A pausa nesse sentido vai ser muito boa, mas repito, a equipe começou a ganhar produtividade depois do jogo contra o Corinthians.

– Essa é a minha avaliação. Hoje foi um jogo muito difícil devido às circunstâncias que é jogar aqui. E a equipe, não a partida toda, mas em alguns moments, soube jogar dentro das nossas características. No segundo tempo, estivemos mais próximos de empatar do que de sofrer o segundo gol.

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