O Fluminense Futebol Clube e o Veteranos do Laranjal perderam na noite de quinta-feira (10), Carlos Henrique Rodrigues de Oliveira, 54 anos, o Quinho, que morreu vítima de tumor nos rins, na Casa de Saúde São José, no Zé Garoto, em São Gonçalo.
Apaixonado pelo Fluminense, o torneiro mecânico que trabalhava há mais de 20 anos na Rio Ita foi um dos fundadores do grupo Veteranos do Laranjal, bairro onde nasceu e foi criado.
“Ele era uma pessoa muito querida e amada por todos aqui no bairro. Tricolor fanático, ótimo pai, avô exemplar, excepcional marido e que vivia para a família e para o Veteranos do Laranjal, grupo que ajudou a fundar em 1986. Tudo valeu a pena e para sempre vai ser o amor da minha vida”, contou Andréia Pina, mulher de Quinho há 34 anos.
No período de tratamento, nomes do futebol brasileiro como os ex-goleiros Acácio e Paulo Sérgio; Mauro Galvão, Geovani, Roberto Dinamite e Mauricinho, do Vasco; Zico, Leandro e Júlio César Uri Geller, do Flamengo; Alexandre Torres e Aílton (atual auxiliar técnico), do Fluminense; Bobô, campeão brasileiro pelo Bahia em 1988; Cláudio Adão, que jogou nos quatro grandes do Rio, e Rivellino, seu ídolo, se sensibilizaram com a história de Quinho e gravaram vídeos.
“Queria agradecer aos jogadores de futebol que gravaram vídeos e nos enviaram. O Quinho ficou tão feliz com o gesto que as palavras de carinho e força desses ídolos do futebol, ajudaram e muito o meu marido a vencer a doença. Mas três meses depois, ela voltou mais voraz”, lamentou.
Já o presidente do Veteranos do Laranjal, fala do vazio que os amigos vão sentir com sua partida: “Não tenho palavras para descrevê-lo. Quinho foi o que o ser humano tem de melhor. Grande amigo, pai, marido, jogador e foi mais que um irmão. Um verdadeiro herói que acabou vencido pelo câncer”, disse emocionado Silvio Ancelme da Silva, 51 anos e presidente do Veteranos do Laranjal.
Quinho deixa mulher, uma filha e dois netos. O corpo dele será sepultado às 16h30 na capela E, no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco.
