A Polícia Civil iniciou na manhã desta quarta-feira (04) a Operação Houdini, contra fraudes em cartões da SuperVia. A polícia cumpre 17 mandados de busca e apreensão. Até a publicação desta matéria, três pessoas foram presas.
Segundo as investigações da 20° DP (Vila Isabel), o golpe gerou cerca de R$ 15 milhões de prejuízo por ano à concessionária que opera os trens urbanos do Grande Rio.
Ainda segundo as investigações, a organização criminosa quebrava a segurança dos bilhetes para inserir créditos frios. Nas catracas, comparsas ofereciam para pagar passagem, em espécie, um valor abaixo da tarifa básica.
Os agentes monitoraram a movimentação do grupo e descobriram que a quadrilha atua com hierarquia e divisão de tarefas, em que os bandidos eram conhecidos por codinomes. Um deles é apontado como “Mágico”, um especialista em tecnologia e responsável por “quebrar” a matriz ou chave de segurança dos cartões da Supervia, recarregar por meio de programa de clonagem e repassar para a revenda
A organização também contava com os chamados “Olheiros”, que vigiavam a presença de policiais e dos próprios seguranças das estações para evitar abordagens. Já os “Cavalos” são responsáveis por comprar os cartões nas bilheterias das estações e entregá-los aos chamados “Gerentes”, que recebiam os cartões comprados e entregavam para o “Mágico”
As investigações também apontam um possível envolvimento da milícia no grupo criminoso.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e contrabando, cujas penas, somadas, podem chegar a 18 anos de reclusão.
A 20ª DP pede informações que levem a mais integrantes da quadrilha — nos telefones (21) 983220152, (21) 985967120 e (21) 23341829, ou ainda no Disque Denúncia (21-2253-1177). O anonimato é garantido.
