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sexta-feira, março 29, 2024

Sindicato quer incluir perdas salariais dos rodoviários em estudo sobre o transporte público em Niterói

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O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) informou que enviou ofício à Prefeitura de Niterói solicitando que as perdas salariais da categoria, acumuladas nos últimos 12 meses até a data-base, em 1º de novembro, sejam incluídas no estudo de reequilíbrio econômico-financeiro anunciado pela municipalidade para o setor de transporte público. O governo municipal, através da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade, disse que ainda não recebeu o ofício.

De acordo com o sindicato, a medida é essencial para que os trabalhadores recuperem seu poder de compra, que “despencou com a escalada inflacionária, criando um ambiente de insatisfação e instabilidade nas garagens”.

O documento, que lista os principais problemas enfrentados pelo transporte por ônibus, como os altos custos operacionais e a incapacidade alegada pelas empresas para viabilizar um reajuste salarial, que contemple as necessidades dos rodoviários, também pede uma audiência com o prefeito Axel Grael, segundo o sindicato.

“Os rodoviários adiaram as negociações por uma recomposição salarial justa durante a pandemia, que fez a arrecadação das empresas despencar. Nesse período, mais de 3 mil trabalhadores foram demitidos. Em seguida, vieram a inflação e a elevação de gastos do setor, principalmente com o óleo diesel. O que vemos para novembro são negociações salariais extremamente difíceis, e os trabalhadores não querem mais pagar uma conta, que não foi criada por eles. O poder público precisa intervir, pois uma greve geral não está distante da realidade. Além da reposição das perdas, a categoria quer também um ganho real de salário. Os rodoviários precisam ser ouvidos sobre qualquer mudança no setor”, avalia o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

O sindicato disse ainda que defende uma mudança no atual modelo de financiamento do transporte público, baseado quase exclusivamente nas passagens. Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Brasília já mudaram seus sistemas, efetivando subsídios para baratear os custos para a população, mas outras formas de financiamento podem ser estudadas.

“O objetivo é baixar os custos do transporte para a população, melhorar a qualidade do serviço e garantir os direitos trabalhistas dos rodoviários. Se essa equação não for resolvida, nenhum sistema funcionará plenamente”, afirma Rubens Oliveira.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade, por sua vez, ratificou que está contratando um estudo de reequilíbrio financeiro do sistema para definir os custos operacionais e a tarifa técnica das linhas operantes.

“Estamos empreendendo todos os esforços para manter a qualidade operacional do sistema, mesmo em um momento desafiador oriundo de aumento de preços do diesel. Os consórcios já retomaram a operação normal após o fim das férias escolares e também a operação durante a madrugada”, disse a Secretaria em nota.

 

 

 

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