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quinta-feira, março 28, 2024

São Gonçalo oferece aulas de capoeira inclusiva

Aulas gratuitas são realizadas no Clube Tamoio

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Com o objetivo de realizar a inclusão social de pessoas com deficiências físicas e mentais por meio do esporte, a Secretaria de Esporte e Lazer de São Gonçalo incluiu em seu quadro de atividades oferecidas à população o Projeto Curumim, que oferece aulas gratuitas de capoeira inclusiva para pessoas com múltiplas deficiências. As aulas acontecem às terças e quintas, das 18h às 19h, no Clube Tamoio.

“Desenvolver políticas públicas de esporte e lazer para pessoas com deficiência é um compromisso da nossa gestão. É relevante fomentar essas ações, pois as práticas esportivas são excelentes ferramentas de inclusão e de oportunidade para potencializar as habilidades e talentos das pessoas com deficiências”, afirmou a secretária de Esporte e Lazer, Simone Monteiro.

O projeto, que faz parte da Associação de Capoeira Negrinho de Sinhá VII, tem aulas aplicadas pelo Mestre Antônio Afonso. O capoeirista, formado em Educação Física, tem pós-graduação em Psicomotricidade, que trabalha os movimentos físicos e o cognitivo.

“Por que uma pessoa que está em tratamento de recuperação motora não pode utilizar um pandeiro no lugar de outro acessório, como a habitual bolinha, em seu tratamento? O instrumento, além de recuperar o movimento, mexe com o cognitivo e com a coordenação motora, que só vai funcionar se você conseguir raciocinar. Os benefícios da capoeira são múltiplos e temos diversos relatos de alunos que antes sequer andavam e, ao longo dos anos da prática, estão conseguindo caminhar sozinhos. É gratificante exercer esse trabalho”, declarou o Mestre.

As ações desenvolvidas pela SEMEL buscam atender a toda a população gonçalense, inclusive as pessoas com deficiências. Dessa forma, a secretaria buscou uma parceria com Projeto Curumim para atender – por meio da capoeira inclusiva – crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais no Clube Tamoio.

Matheus Souza, de 29 anos, se afogou aos 2 anos e meio e teve paralisia cerebral. Há mais de 20 anos com o Mestre Antônio, ele já consegue participar da roda de capoeira junto com todos os alunos.

“Fico muito emocionada em presenciar a evolução do meu filho na capoeira. Vê-lo participando da roda, tocando os instrumentos e convivendo feliz com todos os alunos me enche de alegria. Ele reluta muito para ir à fisioterapia, mas quando falo que é dia da aula da capoeira ele logo se anima“, disse a mãe de Matheus, Georgina Souza, de 60 anos.

Atualmente o projeto conta com nove pessoas com deficiências e o auxílio de dois instrutores, além do Mestre Antônio. Os responsáveis de crianças e adolescentes que tiverem interesse em participar do projeto podem ir até o Clube Tamoio nos dias das aulas e procurar o Mestre Antônio.

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