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quinta-feira, março 28, 2024

Para sobreviver na pandemia, músicos de São Gonçalo vendem os seus instrumentos

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Um grupo de músicos de São Gonçalo fez um protesto na sexta-feira (26) em frente à  prefeitura pedindo a ajuda das autoridades. Os artistas, que tocavam na noite em vários estabelecimentos antes da pandemia, estão conversando há semanas com representantes da Secretaria de Cultura para tentar encontrar soluções que ajudem esses profissionais e suas famílias depois que aumentarem as medidas restritivas nas atividades de entretenimento.

O movimento pede, entre outras medidas, o seguinte:

Funcionamento de bares e casas noturnas com música ao vivo até meia-noite, respeitando sempre as medidas sanitárias e lotação reduzida de acordo com as normas municipais. Pelo decreto, bares, restaurantes e estabelecimentos congêneres podem funcionar para consumo no estabelecimento e retirada de alimentos, entre 11h e 21h, sendo vedada a permanência de clientes após este horário. Fica permitido o serviço de entrega de refeições e lanches, por meio de aplicativos de entrega ou delivery, entre 6h e 23h. A prefeitura informa que está proibida a realização de eventos sociais em ambientes como salões e casas de festas, inclusive infantis, e de qualquer atividade com presença de público, que envolva aglomeração de pessoas, tais como shows, casas noturnas e boates.

Liberar os equipamentos culturais da cidade (teatrosn casa de artes, lonas culturais, entre outros) para os músicos realizarem eventos online, as “lives” não presenciais, com arrecadação de fundos. Eles pedem que a prefeitura se responsabilize pela infraestrutura do local e um cachê simbólico de R$ 200 por músico nas apresentações.

Criação de um auxílio emergencial no valor de R$ 600 para a categoria que reside no município.

Decreto autorizando música ao vivo no horário de almoço em restaurantes da cidade e descontos ou isenções de impostos aos restaurantes participantes.

Beto Baiano, à esquerda, é um dos nomes da Secretaria de Cultura que está conversando com seus colegas músicos para achar soluções para a categoria (Foto: Divulgação)

Enquanto as soluções não chegam para a categoria, os integrantes do movimento estão arrecadando cestas básicas e ajuda financeira para seus colegas que estão passando necessidades. Eles relatam que alguns foram obrigados a vender instrumentos musicais importantes e caros para comprar comida e pagar contas básicas, como aluguel, água e luz.

Outros colegas estão trabalhando em outras áreas, até como ambulantes, por causa das necessidades que estão passando.

Por nota, a Secretaria de Turismo e Cultura informou que está conversando com os músicos da cidade buscando a melhor forma de ajudá-los. O diálogo segue aberto e em andamento, segundo a prefeitura.

Sobre as possibilidades de auxílio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) lembrou que, em outras recomendações já expedidas para alguns municípios do estado, as Promotorias de Justiça com atribuição para a Tutela Coletiva da área de Cidadania já recomendaram que os órgãos públicos estaduais e municipais de Assistência Social adotem medidas voltadas a auxiliar grupos economicamente vulneráveis, como, por exemplo, políticas de transferência de renda e distribuição de cestas básicas, com o objetivo de minimizar o impacto da pandemia.

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