Pacientes da rede de saúde mental de Niterói afirmam que estão desde janeiro sem medicamentos

Pacientes da rede psiquiátrica do município de Niterói, formada pelo Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ) e os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) reclamam que, desde janeiro, estão sem abastecimento de remédios pela Fundação Municipal de Saúde.

Segundo uma reportagem do Jornal O Globo, a falta de remédios vem fazendo com que médicos e pacientes paguem pelas medicações para evitar as crises psiquiátricas provocadas por interrupções do tratamento.

Uma das diretoras da Associação dos Usuários, Familiares e Amigos da Saúde Mental de Niterói (Aufa), disse, em entrevista que o atraso na entrega de remédios é comum em todo início de ano, mas costuma se normalizar em março, o que desta vez não ocorreu.

Um profissional de saúde do HPJ informou, sob condição de anonimato, que, desde o início do ano, o problema tem desestabilizado o quadro psiquiátrico dos pacientes e, consequentemente, aumentado o número de internações. Disse ainda ser a primeira vez, em cinco anos trabalhando lá, que vê “médicos comprando remédios para pacientes” e que “em plena pandemia, a emergência, que fica numa enfermaria fechada, vive lotada de pacientes em crise e sem remédio”.

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde afirmou que o pagamento para aquisição dos insumos ocorreu na última quinta-feira e a situação está próxima da normalização, mas não definiu uma data para a solução do problema.

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