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terça-feira, abril 16, 2024

Número de mortes em chacinas policiais aumentou na gestão Cláudio Castro, segundo Instituto

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De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, a média mensal de mortes em chacinas policiais aumentou 15% em menos de dois anos, durante o governo de Cláudio Castro, que passou a ocupar o cargo depois do impeachment do ex-governador Wilson Witzel.

A operação policial ocorrida, na última quinta-feira (21) no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio terminou com 18 mortos. No dia seguinte, mais uma moradora foi morta a tiros, elevando o total de mortos para 19. Esta é a quarta operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro.

Três delas aconteceram durante a gestão do atual governador Cláudio Castro. A operação no Alemão também é a segunda com mais vítimas letais em 2022, de acordo com o Fogo Cruzado.

Entre 5 de julho de 2016 e 27 de agosto de 2020, houve 166 chacinas policiais que resultaram em 630 mortos na Região Metropolitana do Rio. Uma média de 13 mortos por mês.

Desde que o governador Cláudio Castro assumiu o cargo de governador do Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 2020, já houve 79 chacinas policiais, com 350 mortos – o que representa em média 15 mortos por mês.

Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado avalia que o resultado destas operações não pode ser contabilizado apenas levando em consideração o número de mortes, uma vez que os custos são diversos e o impacto, ínfimo.

“As imagens de moradores descendo corpos pelas vielas não podem ser vistas com naturalidade. Isso é uma aberração que repetimos todos os anos há décadas. O próprio porta-voz da PM reconheceu que as operações são para enxugar gelo. O problema é que isso afeta a vida de todos que moram ali. Famílias são destruídas, o transporte público é afetado, ruas são bloqueadas, as pessoas deixam de sair para trabalhar ou receber atendimento médico”, argumentou Cecília.

“É preciso que ações policiais sejam balizadas em estratégia, inteligência e responsabilidade com a vida dos moradores e que sejam comunicadas ao Ministério Público. Armas e drogas não são produzidas nas favelas cariocas. É preciso impedir que isso chegue a estas regiões para que não sejam necessárias operações em regiões densamente habitadas”, completou a executiva.

Através de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado recebe e disponibiliza informações sobre tiroteios no Rio, Recife e Salvador, checadas em tempo real, podendo ser acessado gratuitamente.

 

 

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