Museu Vivo no Campo de São Bento conta a história do Brasil através das plantas

Sala possui cerca de 2 mil sementes das quase 200 espécies catalogadas. Espaço é aberto para visitação

Museu Vivo no Campo de São Bento Conta a História do Brasil Através das Plantas
Museu Vivo no Campo de São Bento Conta a História do Brasil Através das Plantas
Apesar de ser um lugar de grande importância, a Sala de Sementes ainda é pouco conhecida pelos moradores e visitantes (Foto: Luciana Carneiro)

O Campo de São Bento, principal parque da Zona Sul de Niterói, agora abriga um espaço especial que oferece um mergulho na história do Brasil através de suas plantas. A Sala de Sementes, um museu vivo localizado próximo à sala administrativa do parque, possui um acervo de cerca de 2 mil sementes de quase 200 espécies diferentes. O local é aberto para visitação e oferece uma oportunidade única para aprender e interagir com a flora brasileira.

Apesar de ser um lugar de grande importância, a Sala de Sementes ainda é pouco conhecida pelos moradores e visitantes. Localizada com entrada pela Rua Lopes Trovão, a sala é o resultado do trabalho dedicado de uma equipe que pesquisa e coleta sementes das árvores presentes no parque. As visitas podem ser agendadas através das redes sociais oficiais do Campo de São Bento. Durante o passeio, os visitantes têm a oportunidade de plantar sementes no próprio parque.

O secretário de Conservação e Serviços Públicos, Ricardo Lanzellotti, explica que a Sala de Sementes foi criada para coletar e expor sementes das árvores do Campo de São Bento, promovendo uma interação que narra a história do parque.



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“A sala de semente foi criada com o objetivo de se fazer uma coleta de sementes de dentro do Campo de São Bento, das árvores que temos aqui. Elas ficam em exposição dentro desse espaço que é aberto ao público e à visitação,” afirmou Lanzellotti.

Alexandre Moraes, biólogo e subsecretário de Arborização Urbana, destaca a importância de o público ter contato direto com espécies históricas da flora brasileira. “Tem quem nunca tenha visto um pau-brasil, que deu origem ao nome do país. Dá para ver em um livro, mas aqui eles vivenciam isso de forma lúdica e direta. Podem chegar perto e tocar,” disse Moraes.

A bióloga Eliane Amaral e a nutricionista Karla Lobach são as responsáveis pelo trabalho de catalogação das sementes. Elas estão dedicadas a organizar, separar e catalogar as sementes, criando rótulos de fácil acesso para visitantes.

“Estamos garimpando, pegando as sementes das árvores nativas daqui de dentro, separando, fazendo uma secagem em um processo natural e depois armazenamos,” explicou Eliane Amaral.

Karla Lobach, com mais de 20 anos de experiência em nutrição, avalia as espécies coletadas, examinando seu valor medicinal e nutricional. “Eu avalio sementes, frutos e as cascas de várias árvores. Isso enriquece o trabalho de pesquisa que estamos desenvolvendo,” detalhou Karla.

O jardineiro Cláudio Mendonça, que trabalha no Campo de São Bento há dois anos, também faz parte da equipe. Ele destaca a importância do trabalho para as futuras gerações. “Eu gosto muito de plantar e aqui eu também aprendo um pouco mais sobre as sementes que eu sempre plantei, mas não sabia muito,” disse Cláudio. Ele se orgulha de ver as crianças aprendendo sobre a natureza, plantando sementes com ele.

O Campo de São Bento, com uma área de 68.669,84 m², passou por um censo florístico onde foram identificadas 1100 árvores. Além dessas, mais 142 novas mudas foram plantadas. O primeiro censo florístico da cidade de Niterói teve como objetivo identificar e quantificar as espécies arbóreas, dando suporte à Secretaria de Conservação e Serviços Públicos para o manejo adequado das árvores e fornecendo informações para projetos de educação ambiental.

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A Sala de Sementes está aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Para agendar uma visita, entre em contato pelas redes sociais oficiais do Campo de São Bento. Venha conhecer e vivenciar a história do Brasil através das plantas no coração de Niterói.

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