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quinta-feira, março 28, 2024

Mulher luta na Justiça para enterrar o filho, registrado como indigente no IML de Tribobó

Servidor terceirizado do IBGE, Alberto foi espancado e morto após sumir de casa

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De um lado, o Instituto Médico Legal de Tribobó. Do outro, a Justiça, e no centro dessa história triste uma família que quer apenas sepultar o corpo do seu ente querido, que foi espancado e morto após desaparecer de casa. O cadáver de Alberto Magalhães, de 33 anos, servidor terceirizado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está há 21 dias no IML, onde foi registrado como indigente.

Apesar do registro sem identidade na certidão de óbito, os seus parentes dizem que ele tem nome e sobrenome. O corpo de Alberto Magalhães foi encontrado em um terreno baldio no Bairro Três Pontes, em Itaboraí, na véspera do Natal.

“Meu filho não era indigente. Era servidor do IBGE e quando estivemos aqui (no IML) para reconhecer o corpo, já havia uma certidão dizendo que ele era indigente. Como pode?”, questionou, revoltada, a dona de casa Ercy Magalhães.

A advogada da família, Isabelle Gibson, disse que o Estado agravou a dor da mãe, que buscava desesperadamente o paradeiro do filho.

“O caso da dona Ercy é um exemplo de como em uma morte violenta de um filho o Estado pode agravar ainda mais essa dor. Para que os familiares consigam a liberação do corpo, é necessária uma autorização judicial para que se retifique a certidão de óbito. Isso é inadmissível”, lamentou a advogada.

O Lado de Cá noticiou o desaparecimento do servidor em 17 de dezembro (https://ladodeca.com.br/funcionario-publico-esta-desaparecido-ha-quase-uma-semana/) e na ocasião entrou em contato com sua irmã Jéssica Mourão, de 26 anos.

Ela disse que ninguém sabe o motivo do desaparecimento e do assassinato.

“Não sabemos o que aconteceu. Estamos aguardando a investigação”, comentou, lembrando que havia registrado queixa na 71ª DP (Itaboraí) e na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

“A única certeza que temos é que ele será enterrado no Cemitério Municipal de Itaboraí”, afirmou, emocionada.

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